11 de Março de 2016
Zoey
Entrei dentro do carro com o pequeno saco do nosso lanche, olhei o meu namorado que estava fixo na janela e toquei na sua mão chamando a sua atenção, ele não me olhou apenas balançou a cabeça. Mesmo que tenhamos tido aquela conversa à cinco dias atrás eu continuo a achar, que Zayn se tem matutado com a porcaria da gravides de Laura.
" Vamos? " questionou sem olhar.
passei a língua pelos lábios. " Olha para mim Zayn. " peço antes de levar a minha mão ao seu queixo, ao ver que ele não fez o que lhe pedi, virei a sua cara para mim. " Zayn... " sussurrei ao ver os seus olhos vermelhos. " Fala comigo por favor. " peço com preocupação evidente na voz. Deus custa-me tanto vê-lo desta forma, e é a primeira vez.
" Não é nada. " disse apenas, meteu a chave na ignição e segundos a seguir as mãos no volante. " Vamos? " assenti não querendo insistir. Ele irá contar-me quando estiver preparado. " O que compras-te? "
Ele esta assim desde que recebeu uma chamada de Inglaterra, pelo que percebi foi Yaser quem lhe ligou. Depois dessa mesma chamada ele foi até à casa de banho, e só saiu de lá passado uma hora, não respondeu a nenhum dos meus chamamento, e quando saiu da casa de banho ignorou-me por completo, apenas dizendo-me: " Eu estou bem, só preciso de apanhar ar. " e foi o que fizemos, viemos dar uma volta. Eu quero ajuda-lo mas não o consigo alcançar, ele sempre me diz que esta bem.
" Diz-me o que aconteceu. " peço entrelaçando os nossos dedos. " Por favor, eu estou preocupada contigo, tu estas mal, e se estas assim eu também estou. "
a sua mão direita foi ao encontro da minha nuca, puxou o meu rosto para perto do seu e beijou a minha testa demoradamente. Céus, o que se passa com ele? " Eu preciso de ir a Inglaterra, o mais rápido possível... " olhei os seus olhos cheios de lágrimas, apressei-me a limpa-los. " A minha mãe... " baixou a cabeça e começou por brincar com os seus dedos finos e compridos. " Ela está doente, demasiado doente, ainda não sabem o que é que ela tem. Mas dizem ser grave, e que provavelmente ela não irá aguentar muito tempo. " depois de me explicar da melhor forma o que se passava com ele, respirou bastante fundo como se respirar lhe custasse mais do que qualquer coisa, naquele momento.
" Zayn eu... " negou levemente com a cabeça e eu abracei-o deitando a sua cabeça no meu ombro. Acabei por retirar o cinto que já me magoava e abracei melhor o moreno. " Vai ficar tudo bem, só tens de acreditar. " sussurrei beijando a sua bochecha húmida, senti os meus olhos ficarem húmidos e suspirei.
Ele nada disse, abraçou-me igualmente e escondeu o seu rosto na curva do meu pescoço, a sua respiração quente fez com que os pequenos pelos da minha pele se elevassem. Não me importei nem um pouco com isso, já estava mais que habituada com esta sensação. Neste momento só ele me importava, ele esta em sofrimento e qualquer pessoa pode perceber isso. Custa-me vê-lo assim, quebrado e tão vulnerável, normalmente quem tem esse papel na relação sou eu e não ele. E talvez eu não saiba lidar com isso. O Zayn, sempre se mostra um homem rijo, mostra que nada o consegue abater e no entanto ele agora esta aqui, com medo que algo aconteça com a sua mãe.
Senti as minhas bochechas ficarem molhadas, e rapidamente o moreno se afastou de mim, deu um sorriso fraco e limpou as minhas lágrimas.
" Eu vou contigo. " acabei por dizer.
" Tu não podes... " murmuro metendo uma mexa do meu cabelo atrás da orelha, encolhi os ombros.
" Tu também não pode ir assim para Inglaterra, precisas de alguém que te dê apoio e eu quero ser essa pessoa. " falei segura das minhas palavras. " Não me faças implorar para ir contigo, apenas vamos para casa, fazemos as malas e vamos logo. Nada irá correr mal, fomos ao médico esta semana, esta tudo com o nosso bebé e comigo, nada poderá correr mal meu amor. " corei levemente ao ouvir o que lhe chamei, e ele sorriu de uma forma parva.
