26 de Janeiro de 2016 - II
Zoey
Acabei de vestir o pijama e deitei-me ao lado do moreno, que já se encontrava meio que adormecido. Pousei a minha cabeça em cima das minhas mãos e observei cada traço seu dando um leve sorriso em seguida. Os seus olhos pesados e cansados acabaram por se fechar, levando-me a querer que ele tinha adormecido, respirei fundo e toquei levemente na sua face, não recebendo nenhum movimento da sua parte, sorri orgulhosa e levantei-me da cama.
Peguei na sweat que Zayn tinha deixado em cima da cadeira, sai lentamente do quarto e respirei fundo antes de entrar no meu. Caminhei de cabeça levantada até ao meu roupeiro e peguei numas calças pretas e nas minhas vans igualmente pretas, entrei na casa de banho e prendi o meu cabelo num rabo de cavalo, vesti as roupas escolhidas e sai da divisão e igualmente do quarto. Caminhei em bicos de pés para o andar de baixo e calcei os meus ténis. Quase que corri para a cozinha, e sai pelas traseiras da casa, meti o capucho enorme da sweat do moreno. Trepei com cuidado o muro que rodeava a casa e assim que me encontrava sentada já no topo, virei as minhas pernas para o lado de fora, fechei os olhos e quando me preparei para saltar respirei umas dez vezes, grunhi de dor assim que o meu pé caiu mal. Sentei-me no chão e com a pouca luz do candeeiro por cima da minha cabeça, vi que o meu pé direito começava a inchar.
" Merda... " sussurrei tentando mexer o meu tornozelo, encostei as costas à parede e massajei um pouco a zona inchada.
Uns dez minutos depois levantei-me e decidi seguir em frente com o meu plano original, mesmo com as dores que sentia. A minha sorte era que a casa dele não era assim tão longe da de Zayn. Um sorriso enorme desmanchou-se nos meus lábios quando me encontrava dentro da casa, e já a subir as escadas para o seu quarto, toda a casa estava escura mas eu tinha à sorte de a ter estudo, e a conhecer como a palma da minha mão. Abri a porta lentamente, e caminhei para o lado direito da cama pegando na almofada desse lado, meti-me de joelhos na cama tentando fazer o mínimo barulho. Era agora a minha oportunidade, eu tinha de acabar com ele, eu tinha mesmo de o fazer isto para vingar o que aconteceu ao meu pé. Ele não se ficara a rir na minha cara, não depois de tudo o que eu passei nas suas mãos.
meti a almofada sobre o seu rosto, e apertei-a com todas as minhas forças. " Eu odeio-te tanto! " rosno entre dentes, as suas mãos agarram os meus pulsos, e eu faço mais força para que ele não consiga ser mais forte que eu. " Agora és tu quem vai morrer! Por causa de ti, o meu filho morreu e eu não me conformo, se tu ficares vivo e impune! " grito. Assim que deixo de sentir a sua respiração ofegante retiro a almofada e sorrio um tanto orgulhosa, mas o meu interior estava numa repleta confusão.
Levantei-me lentamente da cama e observei o corpo de Liam, inconsciente na cama dei um pequeno suspiro. E quando me ia levantar por completo as suas mãos agarraram o meu pescoço e o meu corpo foi brutalmente empurrado contra a parede, tentei pontapeá-lo, tentei esmurra-lo mas ele não largava o meu pescoço.
" Achas-te esperta é?! " gritou num tom de gozo, as lágrimas vieram-me aos olhos e senti todo o meu sangue centrar-se no meu rosto. " És uma idiota! Uma ingénua, uma criança. " fez-me bater com a cabeça na parede, e juro que só não perdi os sentidos porque não foi assim com tanto força. " Não te chegaram os quatro dias que cá estiveste!? "
" T-Tu matas-te o meu filho! " falo com dificuldade e o mesmo encolhe os ombros rindo. " Tu matas-te um bebé! " ele ri-se ainda mais, e eu cuspo-lhe na cara recebendo um estalo de seguida e mais aperto no meu pescoço.
" E achas que o teu sofrimento acabou aqui? " indagou rindo. " Ainda muita coisa esta para acontecer. És uma fraca, não te sabes proteger muito mais matar uma pessoa! " troça comigo e eu fungo. " O que tinhas na cabeça quando vieste para aqui, tentar matar-me? "
