17. Prazer

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- Que PORRA foi essa? – dirijo meu olhar pra morena a minha frente.

Ando de um lado pro outro tentando acalmar meu temperamento. George e Sarah se sentam de pernas cruzadas no meu sofá e se envolvem cada um em seu robe.

- O que foi o quê?

- Não se faça de idiota Sarah. Você sabe muito bem o que estava fazendo.

- Eu não sei do que você está falando. – ela sorri tentando fingir inocência.

- Mentirosa! Você estava me fodendo com os olhos o tempo todo! E não pense que eu não escutei você gemendo meu nome! – eu grito erguendo as mãos.

Ela olha pro chão pra esconder sua expressão desolada. Enquanto isso George observa tudo com olhar divertido.

- É bom ver que você estava prestando atenção. Você me faz sentir como se eu fosse invisível.

Esfrego a parte de trás do meu pescoço em frustração, antes de ir me ajoelhar na frente dela. Sarah pode ser confiante e destemida, mas ainda é uma mulher e ela ainda precisa se sentir desejada.

- É claro que você não é invisível pra mim Sarah. Eu vejo você... Merda, eu estava tocando em você... Falando com você de uma maneira que não deveria. Bem, por um minuto, esqueci onde estava.

Ela levanta o olhar e a esperança nasce em seu rosto.

- Você me queria não é? Você queria estar dentro de mim, certo?

Engulo em seco, empurrando meu instinto de "Sim" na minha garganta.

- Eu seria muito louco se não quisesse você Sarah. Você é uma mulher bonita, mas sabe que não posso cruzar a linha com você. Nem agora, nem nunca.

- Mas... Antes nós...

Balanço minha cabeça sabendo exatamente onde isso vai dar. George, que está sentado ao lado da jovem, revira os olhos.

- Aconteceu, Sarah. E isso nunca vai se repetir de novo, eu te disse isso. Agora se você não consegue lidar com isso, eu posso encontrar alguém que pode.

Lágrimas encheram seus olhos. Ouço George dar uma risadinha e olho repreensivo pra ele que se cala imediatamente.

- Não, não... Estou bem. Me desculpe, eu só...

- Boa menina. – digo, beijo sua testa e me levanto.

Pela primeira vez, eu não estou tentando ser o vilão, gosto até da Sarah, mas não da maneira que ela quer. Alguns anos atrás, me aproximei dela em um bar de Londres, em seu último centavo, em busca de um bastardo rico pra lhe comprar uma bebida e ela estava incrivelmente linda e cheirava a desespero, naquela noite. Eu tinha que ajuda-la, era meu dever cívico de ajudar antes que ela fosse pegar o bastardo errado.

- Qual seu nome querida? – perguntei me sentando ao seu lado.

- Elisy. – ela respondeu sorrindo.

- Elisy? Qual seu nome verdadeiro?

O rosto dela caiu, então ela olhou pra sua bebida, que tinha estado lá, pela última hora.

- Sarah.

Sem dizer nada tirei meu cartão, sem nenhum nome, nenhuma informação, apenas um número de telefone. Então levantei, deixando uma nota de cem em sua mesa, me virei e fui embora.

Cinco minutos depois, ela estava ligando pro meu celular.

- Há uma lanchonete na próxima avenida. – respondi sem apresentação.

- Qual?

- Qualquer uma que você me encontrar. – disse e desliguei o telefone.

Meia hora depois, Sarah entrou na lanchonete que eu estava, perturbada e irritada. Peguei minha xícara de café e tomei um gole, antes de colocar o cardápio na sua frente.

- Eu não estou aqui pra comer. – ela disse empurrando o cardápio de volta pra mim.

- Peça, você está com fome... Não minta e diga que você está. O que vamos fazer é não mentir para o outro. Entendeu?

Seus olhos se arregalaram, mas ela não discutiu. Ela era perfeita pra mim, eu sabia que era. Eu não tinha paciência pra arrumar alguém que não sabia receber ordens.

Tomei mais um gole do meu café, enquanto Sarah devorava um grande prato de ovos, bacon e batatas fritas. Quando ela comeu tudo, decidi que era hora de começar a trabalhar.

- Me conte sua história.

Sem muita enrolação, Sarah revelou que ela era uma estudante de medicina no primeiro ano, sem família e sem meios pra se sustentar. Ela havia perdido seu pequeno apartamento, caindo aos pedaços e sua pequena bolsa não cobria muito além de seu primeiro ano e muito menos sua habitação. Ela estava indecisa entre ficar e voltar pra sua casa na Espanha, então tinha que encontrar outra maneira menos atraente para se sustentar. E naquele dia ela decidiu que talvez seus sonhos de se tornar uma médica, iriam se tornar realidade.

- Eu tenho uma proposta pra você. – eu disse.

- Eu não sou prostituta. – ela diz.

Mostrei a minha mão e com firmeza, expliquei o que eu queria e como eu iria recompensá-la por isso. Lá na pequena lanchonete, perguntei sobre seu histórico sexual (dois caras: um antigo namorado e um cara de faculdade) e o seu nível de inibição (ela se considerava uma mulher de tentativas sexuais: ela gosta de experimentar) e seu nível de saúde (sem camisinha, sem sexo).

Sarah era tudo que eu já imaginava. Então eu paguei a conta e a levei para o meu quarto de hotel pra que ela assinasse os documentos necessários pra que começasse a primeira fase de seu treinamento.

- Agora querida, eu preciso saber o quanto você vai longe nisto. Você não é obrigada a fazer o que não quer, mas há lugares que vou tocar em você que vai te despertar e que vai me despertar também. Eu quero te foder. Porra, eu quero te foder agora.

Ela se sentou na cama, cruzou as pernas e disse:

- Eu quero isso também.

A toquei em lugares que ela nem sequer sabia que eram zonas erógenas. Beijei todo o seu corpo até que meus lábios ficaram queimados. Então eu fodi com ela devagar, profundo e duramente, até que ela molhou os lençóis com sua umidade.

Quando ela olhou pra mim preguiçosamente, sorriu com um prazer delirante.

- Oh, meu Deus... Eu não sei seu nome.

- Eu sou Harry Styles. – digo olhando pro teto, evitando seu olhar terno.

- Hummm... Harry Styles. Eu gosto disso.

Eu já podia vê-la dizer meu nome como uma noiva esperando um sobrenome, então tinha que parar com isso.

- Sim... E isso é o prazer. Porém, sempre que eu tocar em você de agora em diante será estritamente profissional. Entendeu?

Sem nada mais que um beijo no rosto, deixei Sarah sozinha naquela suíte do hotel, dolorida e satisfeita, com algumas notas de cem e algumas instruções para a semana seguinte.

E hoje sei que deveria ter mandado ela ir embora assim que começou a choradeira. Mas a verdade é que eu não sou um canalha completo, eu só às vezes gosto de deixar meu idiota interior brilhar. Ele é muito melhor em escapar das piores situações sociais do que eu.

Então a deixei secar as lágrimas e até fiz a ela uma xícara de chá e depois insisti que ela cobrisse os seus seios rosados e fosse de volta para Inglaterra.

- Me ligue quando você pousar em Manchester. – digo abrindo a porta da frente pra ela sair.

- Ok, obrigada mais uma vez, Harry. Você é sempre tão bom pra mim, eu estaria perdida sem você. – ela diz subindo nas pontas de seus pés pra me beijar no canto da boca e eu estou prestes a castigá-la por passar dos limites.

E todo o meu pensamento coerente e o meu sentido de fala são roubados de mim, quando de pé na minha porta, com a mão erguida, como se estivesse se preparando pra bater, está Louis.



TAINT [sexual education] l.sWhere stories live. Discover now