TAINT [sexual education] l.s

20. Paixão

Ando pelo palco, esperando, observando a entrada das senhoras e senhores como um falcão, posso até sentir minha ansiedade se multiplicando a cada segundo. Ainda tenho a lembrança do calor ardente de Louis no meu corpo e não tenho sido capaz de sentir qualquer outra coisa desde que ele deixou meus braços pela manhã.

Nós adormecemos algum tempo depois do último episódio, Louis estava enrolado ao meu lado como um pequeno gato selvagem, seus joelhos em cima do sofá. Com suas mãos em punhos fechados e sua juba caindo em seus olhos, ele roncava suavemente contra meu peito, usando meu corpo como seu travesseiro pessoal. Acordei antes dele e tive tempo de ver tranquilamente a preguiçosa luz do sol em seu rosto, me dando novas possibilidades, novas oportunidades pra estar ao lado dele e deixei que esse calor sufocasse as consequências que restaram em um pouco além das cortinas do meu Oásis.

- Eu sei que vocês estão se perguntando, por que eu pedi pra vocês virem ao nosso pequeno teatro esta manhã... Bem, hoje nós temos uma demonstração especial. No entanto, antes de nós começarmos, eu gostaria de saber como vocês manusearam sua lição de casa na última sessão. Alguém gostaria de compartilhar com a classe?

Um sorriso sarcástico repousa em meus lábios, enquanto assisto eles se contorcerem em seus lugares, com seus corpos e mãos trêmulas.

Se eu não conseguir ajudá-los eu saio desta merda, não importa como eu me sinto sobre Louis e o futuro que nós podemos nunca, jamais ter, eu não posso mudar quem sou. E eu não sou nada para ele. Por isso, não importa o quanto eu ame o que eu faço, não importa quantas vezes eu fique de pau duro, imaginando meus dedos trêmulos dentro de seu cu pela primeira vez... Não importa que eu queira sexo, se eu precise de sexo, planeje ter sexo... A minha mente pode parar com as porras dos conflitos, porque meu corpo não sente o mesmo. E depois da aula de hoje, a minha mente rapidamente pode seguir o rumo.

A mão de Matthew Bomer é a primeira a levantar e ele fica de pé em seus sapatos sociais que devem custar mais de 400 libras. Ele parece... Diferente, para dizer o mínimo. Camiseta branca apertada e calça de couro. Huuuummmm... Interessante.

- Obviamente, que não foi a minha primeira vez. – ele começa com um ar de arrogância.

Alguns de seus colegas reviram os olhos e sussurram insultos em sua respiração e ele continua:

- Mas eu soube aproveitar bem esse brinquedo... Foi muito potente.

- O que você mais gostou nele Matt?- pergunto chamando seu blefe.

- Hum... Ele era... – ele gagueja, segurando em seu peito, mas mesmo assim não se intimida e continua:

- Ele foi poderoso. Forte e assim que ele me tocou, eu podia me sentir fora de controle e eu não quis parar. Eu quis empurra-lo com mais força e mais força. Eu precisava de algo dentro de mim. – ele diz fechando os olhos, como se estivéssemos apenas nós dois na grande sala, como se ele estivesse falando alguma coisa pra mim... Seu querer, seus desejos.

Dou um passo em direção a ele.

- E você colocou algo dentro de você, Matthew?

- Sim. – ele diz com uma voz cheia de necessidade.

- E isso te fez sentir bem?

- Sim.

- Você gozou Matt? Gozou também com os dedos dentro de você?

- Sim... Sim. – ele mal sussurra.

- Bom! Bom menino!- eu digo com uma salva de palmas, soltando-o do seu transe e Matthew fica abalado com a minha súbita mudança e sua respiração acelera.