18. Ilusão

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Que merda. Louis está aqui.

- Louis... Hum... Ei. – eu gaguejo.

"Esta é a parte em que o marido traidor grita: - Não é o que parece! Eu posso explicar... Enquanto as calças estão em torno de seus tornozelos e seu pau ainda está duro?"

Mas eu não sou marido de ninguém, e não posso trair alguém que não é meu. Então por que me sinto como se eu tivesse feito algo errado?

- Me desculpe... Eu não sabia que você tinha companhia. Eu volto mais tarde, sr. Styles. – ele sorri forçado, sufocando seu desconforto.

- Não, não, Sarah e George estavam saindo. Por favor entre. – digo segurando e abrindo mais a porta e quase empurrando Sarah e George pra fora.

- Isso não é importante, eu posso vir outra hora. Sinto muito.

Louis se vira pra ir embora e eu pego seu cotovelo antes que ele possa dar mais um passo. Então ele se vira pra mim, mas ele não se afasta. Foda-se, estou ferrado de qualquer maneira.

- Fique, por favor. Fique Louis.

Ele balança a cabeça lentamente e seu olhar nunca deixando o meu. Então ouço um bufo irritado. Droga. Sarah.

- Então eu vou sair agora. – Sarah diz passando por nós bruscamente e faz o caminho para a casa principal para recolher suas coisas.

- Me avise quando você chegar. – eu grito pra ela.

- Sim, sim. – ela acena.

Eu sei que deveria ir atrás dela pra pelo menos tentar acalmar as coisas, antes da sua enorme imaginação começar a fazer todos os tipos de teoria, mas o que eu posso dizer? E como eu poderia ir embora, se agora eu mantenho este anjo precioso na palma da minha mão?

Sinto muito, Sarah vai ter que esperar. A lógica, a moral, as obrigações... Tudo isso terá que esperar.

- Entre. – eu murmuro prendendo a respiração enquanto Louis cruza a porta. Ele me acompanha até a cozinha, onde eu rapidamente pego o nosso pote de sorvete e duas colheres.

- Eu não posso ficar. É que... Eu tive um problema com o meu dever de casa.

Mordo meu lábio para não rir.

- Oh? Precisa de uma mãozinha? – digo e me viro a tempo de ver o olhar gelado de Louis e ele balança a cabeça.

- Olha... Isso foi um erro.

- Não, não, me desculpe. Me diga o que é... Eu sinceramente quero te ajudar. – eu digo e abro a caixa de sorvete e pego uma porção, entregando a ele que faz uma pausa, aceitando a minha oferta de paz cremosa e gelada.

- Não é nada... Eu acho que não. É só que... Ok, não ria. Promete? – ele diz se sentando em uma cadeira e afundando sua colher no sorvete.

- Apunhale meu coração e espere eu morrer, se eu rir. – digo com a boca cheia de sorvete.

- Ok, aqui vai... Como se sabe que você teve um orgasmo? – ele quase sussurra.

- O que quer dizer com como se sabe? – eu franzo a testa.

- Quero dizer, como se pode saber? Tipo eu não tenho certeza se eu... Você sabe. E eu nunca... Fiz sozinho... Oh merda, isso é muito constrangedor! – ele enfia sua colher dentro do pote e cobre seu rosto com as duas mãos.

- Louis... – falo também repousando minha colher no pote e coloco minha mão no ombro dele.

"Apenas um gesto inocente, nada pessoal."

TAINT [sexual education] l.sOù les histoires vivent. Découvrez maintenant