Apresentação

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》 Júlia Cooglen : 24 anos. Minha vida nunca foi um mar de rosas, nunca conheci meus pais biológicos, desde sempre fui criada em um orfanato e fugir de lá quando tinha 10 anos. No momento, eu não tinha nenhuma expectativa, nem mesmo sabia se iria sobreviver ao lado de fora dos enormes portões do Blue House. Infelizmente, eu tive que morar na rua. Eu não tinha nada, nem mesmo um cachorrinho para chamar de meu. Eu tive que aprender a me virar sozinha, lutar para sobreviver. Para minha  sorte, uma senhora teve compaixão de mim e me adotou. Mesmo com todas as dificuldades que se pode imaginar, ela cuidou de mim e me deu tudo que eu precisava, o amor da Candelária foi imprescindível para a minha formação. Candelária foi e é tudo para mim. Eu estudava meio período e estagiava no outro para ajudar em casa. Afinal, o trabalho de lavadeira da Candinha dava mal para sustentar a casa, faltavam muitas coisas e ela já estava cansada e precisava de muitos tratamentos.

Há seis meses, ela me deixou, sim, ela se foi.

A única pessoa que me acolheu e me deu todo amor que eu precisava, me ensinou as regras da vida, se foi! Ela precisava descansar e quem sabe não era esse o descanso que ela tanto precisava? Me dói muito, ela era minha mãe!

E agora só me restou a minha melhor amiga.

Thaís, a minha melhor amiga! Foi um encontro de alma quando nos conhecemos no quarto o qual dividíamos na faculdade. Nós duas temos uma parceria incrível.

Ela é desaforada? Sim e muito! E isso já nos causou alguns problemas.

A Tha é um pouco mais responsável e adultona do que eu, ela tem 24 anos, embora às vezes age como se tivesse 12.

Porém, como nem tudo são flores e como tenho certeza de que já perceberam que não sou a pessoa mais amada pelo universo, não acabou por aí.

Eu fui demitida do meu trabalho de garçonete/Caixa/atendente. Por pura injustiça!

Eu estava em mais um dia de trabalho, o patins estava me matando. Eu odiava ter que andar para lá e para cá com aquele uniforme idiota, uma cor rosa que parecia ter sido lavada umas 300 vezes para chegar nessa cor tão morta. E o patins então? Nem se fale. Hoje era a minha folga, mas a minha chefe como é um amor de pessoa (as más línguas dizem o contrário) praticamente me obrigou a cobrir o lugar da baba ovo dela. E eu? Claro que fui, precisava do dinheiro. Agora as coisas iriam apertar, sem a Candelária para me ajudar, todo dinheiro que entrasse seria lucro. Fui servindo como de costume, porém parece que hoje, todos os planetas resolveram se alinhar e tirar o dia para me fazer perder a paciência, até o último fio de cabelo. Passei ao lado de umas das mesas e um moço soltou o tipo de piadas sem graças e inconvenientes. Eu ignorei e continuei meu trabalho. Afinal, eu precisava do dinheiro e do trabalho. Aquelas pessoas que dizem que cliente sempre tem razão, nunca trabalharam com cliente, eu tenho certeza.

Entretanto, chegou um momento o qual eu transbordei igual a um balde cheio de água. O idiota deu um tapa na minha bunda e eu não vi outra opção a não ser acertar precisamente seu nariz. A minha chefe viu e me demitiu por justa causa. A bonita ainda fez o favor de me sujar em todas as lanchonetes de Worcester. Hei, eu fui assediada. Nunca a vítima tem razão, não é?

Agora eu estou demitida e minha conta bancária não está  das melhores, a vida ainda vai me pregar muitas peças, disso eu tenho certeza!

》 Alexandre BeckHam : 32 anos.

Poderia iniciar essa mini biografia, soltando alguma metáfora ou frase de algum filósofo ou pensador conhecido. Mas a vida real requer mais, muito mais! E nem sempre estamos aptos a pagar o preço que nos é exigido.

Enfim, sou empresário. Tenho 5 filhos e eles são a razão da minha vida, apesar de não ser um pai presente eu os amo de mais. Eles são tudo para mim! Infelizmente, eu tenho trabalhado muito e eles acabam ficando mais com os funcionários, do que com o próprio pai.

Isabella, a mais velha tem oito anos, minha princesinha. Ela tem os olhos azuis, cabelos dourados. Um amor de criança.

As gêmeas Alice e Sophia, têm seis anos, elas não são gêmeas idênticas, mas são muito parecidas, são minha vida. Claro, quando resolvem aprontar, não há ninguém que consiga tirar algo das cabecinhas delas.

E tem os gêmeos, Guilherme e Gabriel, eles têm cinco anos e também não são idênticos. Eles têm uma imaginação muito fértil.

Eles são muito extrovertido e carismáticos. Eu amo essas crianças com todas as forças que tenho.

Mas, por trás de uma grande família sempre têm uma grande mulher. Vocês devem estar se perguntando; e a sua esposa, cadê? Essa é uma parte da minha vida, a qual eu não gosto de falar. Clarisse, a mulher que me levou da luz as trevas em um dia. Ela ia embora com um sócio da empresa do meu pai, infelizmente o carro se chocou com um ônibus e caiu em uma ribanceira. Eles não resistiram. Antes de ir, ela me deixou uma carta. O pedaço de papel que destruiu minha vida.

A carta dizia:

Alex.

Você me proporcionou os melhores momentos da minha vida. Você me deu filhos lindos que eu amo muito.

Eu também te amei muito e o nosso amor deu frutos que eu tenho certeza que você os ama sem barreiras.

Mas aconteceu que eu me apaixonei por outro alguém, não foi de agora já faz um ano, desde que eu o conheci.

Eu decidir então que deveria ir embora para viver esse amor. Você sabe, não mandamos no nosso coração

Eu só quero que você cuide dos nossos filhos. Eu sei que o que estou fazendo não é o certo. Mas eu preciso viver esse amor e não poderia continuar te enganando.

Te desejo toda sorte do mundo e pode acreditar, os momentos que vivemos foram os melhores.

Obrigada.

Desde que ela se foi, há três anos, eu me fechei. Minha prioridade são meus filhos e o meu trabalho.

Minha família me apoia em tudo e os pirralhos são grudados na minha irmã Magh.

A governanta da minha casa, Abigail, insistiu muito para que eu anunciasse que estava à procura de uma babá, pelo fato de as crianças precisarem de mais tempo em casa e mais atenção. E depois de muita insistência eu acabei cedendo.

A BabáWhere stories live. Discover now