Capítulo 11

11.8K 894 33
                                    


Eu conversei com a Thaís ontem, eu precisava do colo que só ela sabe me dar, precisava dos conselhos que só ela sabe enfiar na minha cabeça. Eu concluir que amo o Alexandre e não tem por que eu deixar ele por uma coisa que bolei em minha cabeça . Ele disse que me ama e suas atitudes são condizentes com suas palavras. Então, por que eu me preocuparia com as intenções da Cindy se estamos juntos e felizes?
Eu cheguei há dez minutos na mansão e já estava atrasada para acordar as crianças, já são seis e dez da manhã. Eu quero ir falar com o Alexandre enquanto as crianças se arrumam. Bem, elas não irão para a escola, mas vão para um passeio e tem que estar na escola sete e trinta da manhã.
O Alexandre me falou que irá até a empresa agora de manhã para uma reunião mas que antes do almoço ele está de volta e juntos então, falaremos que estamos namorando. Ok, meu estomago gelou.
Acordei as crianças e arrumei as roupas que elas iriam usar.

Respirei fundo, eu já havia ensaiado o que iria falar, repeti oito vezes na minha cabeça. Mas estou nervosa, iria me desculpar por ter saído ontem sem o avisar formalmente e dizer que estava pronta para expor o nosso amor para todos e principalmente; o beijar em qualquer cômodo dessa casa.

Dei dois toques na porta.

Ah quem eu quero enganar, estou parecendo aquelas adolescentes bobas, perdidamente apaixonada pelo Alexandre e confesso que estou até com saudades daquele ogro.

A porta foi aberta pela Cindy que estava vestida na camiseta do Alexandre. Por que ela...?

— O que foi Júlia?!

A sua voz me despertou de um transe momentâneo a qual inconscientemente eu entrei, ela estava com ele, eles estavam juntos! Bem que ela me alertou, boba foi eu que não quis acreditar nela.

— O gato comeu sua língua garota? _Alterou a voz e eu me despertei.

Alexandre saiu do banheiro enrolado em seu roupão.

— Me perdoe senhorita, eu só queria avisar que já cheguei! Me desculpe o incômodo, com licença.

—JÚLIA!!

Alexandre gritou e eu corri em direção as escadas, eles estavam juntos. Talvez eles nunca tenham separado. Aconteceu de novo, de novo!
Limpei umas lágrimas intrusas que escolheram sair na hora errada.

—Júlia tá bem? _Abigail tocou no meu ombro. Ela e a Estelinha estavam tomando café na cozinha.

A olhei.

—Tá é que... É que eu vim de moto e estava com um casaco bem fininho, acho que peguei um resfriado. Bom dia! _Abrir um meio sorriso.

—Quer um remédio Jú? Eu tenho na minha bolsa se quiser!

Estelinha colocou o prato na pia.

—Não obrigada, eu tenho lá em cima! Já posso pedir para as crianças descerem para tomar café?

—Pode sim, a mesa já está pronta.

Assenti e subir as escadas. Tudo estava destruído, aliás nem construímos nada. Alexandre se encarregou de deixar isso claro apenas agora. Quatro meses da minha vida, foram jogados absurdamente no lixo.

Pedi para que as crianças descessem e fui recolhendo as mochilas delas, eu vou sentir falta dessa rotina e pela primeira vez na minha vida eu não me lembro de ter reclamado nenhuma vez por acordar cedo, brincar com elas e cair em suas travessuras.

Fechei a porta do quarto da Isa e topei com o Alexandre que estava pronto para entrar.

—Amor, precisamos conversar! Pode ser aqui._ Abriu a porta do quarto da Isa.

A BabáWhere stories live. Discover now