Capítulo 18

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Depois de quase sermos pegos por uma pirralha no meu quarto, resolvemos sentar e conversar com todos sobre o que estava acontecendo conosco. Conversamos com as crianças e com os funcionários. A princípio eu fiquei com o coração na mão, com medo das crianças entenderem mal e achar que eu queria de alguma forma ocupar ou substituir a mãe deles. Mas, me surpreendi. Foi tudo perfeito, eu não sabia que seria tão amada e tão acolhida como fui quando Alexandre e eu falamos que estávamos juntos.

Algumas coisas mudaram também, eu fui demitida, dessa vez sem justa causa. Alexandre insistiu de forma absurda para que eu fosse contratada em sua empresa. Mas eu saquei qual era a dele, trabalhar no mesmo setor para não me deixar trabalhar. Então, aceitei, mas com algumas condições; não trabalhar no mesmo setor ou andar que ele. Tenho toda certeza do mundo que ele não iria me deixar em paz. Outra coisa, ele é um tremendo de um safado não é? Nunca passou em sua cabeça de me subir de cargo, enquanto eu era a baba de seus filhos. Então, eu trabalho quatro dias da Beckham e um na Velardes, a empresa da família do Chris.
Thaís está namorando oficialmente com o Chris, eu adorei. Se livrou do embuste do Nathan e ganhou o Chris que é um cristalzinho ( as vezes dá vontade de guardar em um potinho e jogar do fundo mar de tão chato que ele é) Conheci oficialmente como namorada do Alexandre, a avó dele, Dona Esmeralda. Ela é doida, doida! A diversão é garantida quando todo mundo se reúne em seu sítio.
O Alexandre me fez ficar morando aqui com ele, na verdade ele me fez mudar minhas coisas para o quarto dele. O cretino falou que não dava para ficarmos em quartos separados, eu já havia até combinado com o corretor de ver um apartamento quando os meus planos era me demitir e excluir toda e qualquer memória do Beckham da minha vida.

— Bom dia meu amor! _Me deu um beijo na bochecha e se levantou.

— Bom dia!

Me Levantei para desligar o despertador. Hoje era um maravilhoso dia em que eu sentiria dores o dia todo. Cólicas menstruais não deveria existir de forma alguma, se fosse só a menstruação ok. Mas não, é menstruação, cólica, crise existencial, compulsão por doce, excesso de espinhas, crise existencial, dor nas costas, dor de cabeça, eu já falei crise existencial?

— Bom dia, meu amor! _Fixou seu olhar em mim.

— Ué?

— Bom dia meu amor! _Cruzou os braços me olhando.

— Bom dia meu amor, delícia! Protagonista dos meus sonhos eróticos, sonho de consumo, amor da minha vida, homem mais gostoso do planeta terra! O que mais você quer ouvir? _Sorrir

Ele gargalhou.

—Acho que por agora eu posso me contentar só com isso mesmo! _me beijou.

O afastei.

—Você é muito trouxa! _sorrir.

— Sou, mas você me ama assim!_ foi para o banheiro.

Revirei os olhos e fui até o Closet, coloquei minha roupa em cima da cama e fui acordar as crianças.
O Alexandre propôs contratar outra babá, mas eu achei desnecessário e as meninas da casa também disseram que não precisava, já que fizemos uma reunião para ouvir quem com toda certeza faz essa casa andar. Concordamos e por enquanto estamos sem babá.

Fui até o quarto dos gêmeos.

— Bom dia meus princesos!

Guilherme e Gabriel estavam em suas camas acordados, esperando apenas eu dar o toque de levantar. Dois bebês grandes, lindos e um tantinho custosos.

—Jú, é príncipe!_ Guilherme reclamou debaixo das cobertas.

—Eu prefiro ser super-herói!_ Gabriel retirou sua coberta e se sentou na cama.

A BabáWhere stories live. Discover now