Capítulo 13

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15 dias depois

O Pedro é incrível! É a mesma criatura que ficou debochando de mim por ter caído no hipermercado, claro que eu tive que contar a minha versão da história já que ele fez a minha caveira e me pintou como uma ogra da idade das pedras para a Thaís. Desenvolvemos uma certa proximidade e nos tornamos amigos. Ele está se especializando em pediatria, ah vai! Que fofo!

Tomei um bom banho, vestir meu pijama e me deitei.
Eu não estava com sono, mas sabia que precisaria dormir logo porque com certeza amanhã eu estaria destruída. Às crianças andam muito agitadas e estão indo dormir tarde, o que de fato acaba com todas as minhas energias.
O Alexandre não estava em casa, provavelmente saiu com a noiva. Sem dúvidas eles saíram juntos, a Cindy se encarregou de deixar as coisas bem claras e até hoje o Alexandre não veio tirar satisfação sobre eu ter dado uma bela bofetada na cara daquela anta. Bem, na verdade eu estou o ignorando esses dias todos.
Chega a ser piada, o dia que eu estava decidida a assumir o nosso "amor" o destino despejou em meu colo uma bomba prestes a explodir. Eu acho que em toda a minha vida, eu nunca fui tão idiota igual fui com o Alexandre, tudo bem! Eu deveria quebrar a cara mesmo, quem mandou ser tão idiota e se apaixonar logo por aquele ogro infeliz? Esse era o resultado mais provável.

— Aff!_ me levantei da cama, precisava arranjar algo para poder afastar esses pensamentos medíocres.

Só havia uma coisa que me faria dormir contente; ir até a geladeira e comer alguma coisa de procedência duvidosa e com um absurdo nível de açúcar. Sair do quarto bem devagar para não fazer barulho. Vai que o ogro já chegou em casa? E se tiver com a Lambisgóia de aplique? Não quero vê-los juntos.

Desci as escadas em direção ao melhor lugar da casa, não que eu fosse fanática por comida, mas as vezes o açúcar me acalma. Depois de pegar uma colher com brigadeiro na geladeira, eu teria que voltar ao meu quarto. Eu teria que dormir mesmo sem querer, já são 00:09 tenho apenas algumas poucas horas para dormir e recarregar as energias.
Me sentei na ponta da escada. Poxa, essa casa é tão linda! Cada detalhe, cada quadro decorativo, de fato, essa casa é perfeita!

Suspirei.

A porta da sala foi aberta e eu rapidamente me virei para subir, porém, nem se eu fosse a mulher mais rápida do mundo conseguiria. Nem Barry Allen conseguiria subir sem ser notado.

— Júlia? _Me virei.

— Pois não?

— Estava me esperando, amor?

Amor? Humorista?

— Não senhor BeckHam, estava na cozinha. Com licença!

Virei e voltei a subir às escadas.

— Senhorita Cooglen, espere.

O olhei, ele é meu chefe e eu não posso me dar o luxo de sair daqui agora, mas no final do mês com certeza, eu vou dar o fora daqui. Eu esperava que ele me mandasse embora, afinal Cindy disse que ele iria fazer isso e eu estava aguardando esse nobre momento, mas está insustentável.

— Pois não?

— Eu estou meio tonto, pode me ajudar?

Bufei. Tonto ele sempre foi.

— Claro! _Coloquei o sorriso mais falso que eu encontrei e desci ao seu encontro.

— Obrigado. _Colocou a mão por cima do meu ombro e eu abracei sua cintura.

— Se ajude a subir. Porque você é o triplo do meu peso.

E era mesmo, um guarda-roupas humano.

A BabáWhere stories live. Discover now