[Bônus 02] - Rafael Aguiar

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Nota da autora: Olá Juliletas, queria imensamente presentear vocês com todos os bônus do Rafinha, vocês mereciam muito! Mas, infelizmente, não iria conseguir dar conta de tudo isso, então realmente o escolhido foi só unzinho.... E o bônus vencedor foi o momento de Rafael após descobrir sobre o fim da poesia de Francisco, pois é, acabei de crer que a maioria de minhas leitoras gostam de passar por uma bad! Haha muito obrigada pelos votos, o bônus demorou mais chegou! Lembrando que esse bônus não é parte integrante do livro, não sendo obrigatória sua leitura para o progresso da estória, e sim somente para vermos mais um pouquinho sobre o mundinho de Rafael Aguiar! Em breve teremos um novo capítulo! Vocês são demais <3

Fim da poesia de Francisco [...]

O aroma adocicado de Júlia Medeiros estava impregnado em meu nariz.

Meus lábios, tentados a mordiscá-la, repousavam em seu ombro nu.

Era saboroso ainda ter o gosto dela presente em minha boca, e o sorriso estampado em meu rosto, não me deixava mentir o quão realizado estava me sentindo naquele inicio de manhã, pois a noite passada havia sido maravilhosa.

Fazia alguns meses que não aproveitava uma noite em meio aos lençóis amassados, ainda mais em uma companhia tão sublime como aquela.

Não foi somente uma noite carregada de prazeres, como muitas das quais já vivenciei, mas sim, cheia de amor e promessas futuras, promessas das quais queria carregar comigo pelo resto da vida.

Vê-la ali tão entregue a mim, acolhida em um sono calmo e profundo me fez perder os sentidos dos reais motivos do meu ato de acordar.

O causador do meu despertar ao amanhecer, havia sido o barulho persistente do toque de chamada de meu celular.

A melodia do toque parecia soar com certa urgência em algum canto do chão, sabia que o aparelho estava dentro de algum dos bolsos de minha calça jeans, mas eu não tive a mínima vontade de levantar para pegá-lo naquele momento, não queria ter de me afastar daquele corpo macio que me embriagava de calor e desejo.

Antes de ser vencido pelo cansaço de ouvir aquele toque insistente, e enfim me levantar da cama, envolvi Júlia completamente em meio ao lençol, pois ter partes de seu corpo a mostra me deixava extremamente voluptuoso. A vontade de estar dentro dela novamente era evidente em todas as terminações nervosas de meu corpo.

Ao tirar os fios de cabelo que descansavam em seu rosto, senti a necessidade de acordá-la só para fazermos amor novamente embolados naqueles lençóis, beijar a sua boca farta e amá-la do melhor jeito que tinha para oferecer, mas apesar de tudo, controlei minhas tentações, pois precisava enfim atender a ligação.

Quando alcancei o celular e vi o número de minha prima Renata no visor, um certo arrepio tomou conta de minha nuca e uma dor incomoda depositou-se dentro de meu peito.

Era como se eu já soubesse o que ela tinha para me dizer, mas eu me negava a aceitar.

— Renata? — sussurrei baixinho para não acordar Júlia.

— Rafa, meu querido, que bom que atendeu! Preciso te dizer, eu nem sei como começar, mas é que seu irmão... — Renata falou com a voz carregada de sentimentos, fazendo com que um longo pesar tomasse conta de meu coração.

— O que o maluco do meu irmão fez dessa vez? — perguntei em um sussurro divertido, tentando anular os sentimentos ruins que se apossavam de mim.

— Acabou tudo Rafa — ela disse com a voz ainda mais carregada, podia sentir as lágrimas que desciam de seus olhos mesmo sem vê-la em minha frente, poderia perguntar para ela o que havia acabado, mas eu preferi me enganar mais um pouco.

InconstanteOnde histórias criam vida. Descubra agora