Capítulo 7

34.8K 3.2K 87
                                    



Guilherme Ducan

1 ano depois

Já tinha se passado um ano que estava lutando para sobreviver,precisava de dinheiro, o advogado não estava brincando quando disse que tudo seria tirado de mim, estava trabalhando duro e mesmo assim já perdera metade das terras e gados, meus carros e máquinas agrícolas haviam sido vendidos para pagar custos da fazenda. Fui obrigado a dispensar os poucos capatazes que tinha na fazenda, já que não tinha como paga-lós.

Estava na hora de procurar uma esposa. Seria apenas um contrato frio e bem formal, nada que envolvesse essa baboseira de amor, seria um negócio,não era preciso amar um mulher para se casar com ela. Preciso pensar como faria já que não tinha tempo e dinheiro para procurar uma esposa. Trabalhava de doze a vinte horas por dia na fazenda, parecia um escravo. Preciso cuidar do único bem que me restara a fazenda, já estava na minha família há cem anos e não seria eu que colocaria tudo a perder.

Fazia oito meses que não comprava uma peça de roupa ou saia para me divertir com meus ¨amigos", eles logo que viram que eu estava pobre me abandonaram, não tinha me sobrado muita diversão, sempre que chegava em casa estava tudo escuro e vazio.

Tudo que eu precisava agora era de uma ¨noiva" que gostasse da vida no campo e quisesse lhe dar filhos. À aparência física não me interessava. Meu maior desejo agora era encontrar uma esposa de bom senso e pacata, para mudar minha vida, Se não fosse pelo testamento nunca me casaria. Uma esposa seria conveniente, ela cuidaria da casa, da cozinha e da minha cama. O filho viria logo em seguida, e tudo voltaria a ser como antes. Mas ainda tinha que me contentar como pouco que me restará.

Como não tinha disposição e nem dinheiro para entreter as garotas da minha cidade, estava decidido a apelar por uma forma nada tradicional e atual para arranjar uma noiva.

Tinha lido em uma revista de agricultura uma matéria sobre fazendeiros que estavam à procura de uma noiva. Querendo ser discreto e não chamar muita atenção, resolveu anunciar na revista, uma coisa eu tinha certeza, mulheres fúteis e de cidade grande não iriam ler aquele estilo de revista, somente as que se interessavam pelo campo e o melhor de tudo é que era barato e rápido, por tanto o jornal parecia perfeito.

Como já sabia o que queria, partiu para ação, pegou um bloco e rascunhou em letras grandes: PROCURA-SE UMA ESPOSA...

Torceu para que desse certo.

PROCURA-SE UMA ESPOSA - COMPLETA SEM REVISÃOWhere stories live. Discover now