CAPITULO 26

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Olá, pessoas lindas.

Agradeço a todos pelos comentários e sugestões.


Beijocas

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Na próxima vez que foram à cidade, ela entrou na loja de ferragem e comprou tintas e pincéis pagando com o cartão da sua conta particular.

De vez em quando enviava um olhar atravessado em direção a Guilherme, desafiando-o a proibi-la, mas ele simplesmente resmungou e carregou as latas até a caminhonete.

DOIS MESES DEPOIS

Por volta de meados de agosto, Julia já tinha pintado a casa toda e passara a repetir muito mais os pintores de parede profissionais. Foi um dos trabalhos mais árduos que já realizara e, ao fim do dia, tinha os braços e ombros dolorosíssimos. O mais desgastante foi pintar a grade rendada da varanda e, o mais difícil pintar o andar superior. Porém, terminada a tarefa, reconheceu que todo o esforço valera a pena.

As janelas foram também pintadas de verde escuro e receberam uma camada generosa de verniz. A casa parecia nova.

Até mesmo Guilherme, meio a contragosto admitiu que ficara uma beleza; todavia continuava ressentido com o fato de Julia ter executado toda a pintura sozinha.

Talvez fosse apenas orgulho masculino, mas ainda não aprovava a atitude da esposa em ter pagado as tintas com seu próprio dinheiro.

Sua esposa...

Ao completarem seis meses de casados, Julia já fazia parte imprescindível da vida de Guilherme e, inteirando-se de todas as tarefas.

Reorganizara até sua gaveta de cuecas! Às vezes, ele se perguntava como era possível que ela, uma pessoa tão calma, de andar tão lento, conseguia arranjar tempo para fazer tanta coisa dentro e fora de casa, mas a verdade era que sua casa nunca fora tão bem cuidada.

À maneira dela, Julia trabalhava tanto quanto ele.

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Numa manhã quente do fim de agosto, Julia surpreendeu-se sem farinha de trigo para fazer pão caseiro. Guilherme tinha saído para o campo e não voltaria para almoçar.

Então subiu até o quarto e se vestiu para sair. E como fosse mesmo época de reforçar a despensa, levou consigo a lista de compras que já havia organizado. Isso lhe economizaria uma viagem à cidade.

Julia adorava ouvir as histórias de Floris, por isso deu uma parada no café e pediu um pedaço de torta de morango.

Depois de dispensar o único outro freguês com seus resmungos, Floris veio até a mesa de Julia e sentou-se.

- Onde está seu marido?

- Saiu para o campo. E eu vim fazer umas compras. Floris assentiu, embora conservasse a fisionomia contraída, como ele costume.

- Nunca vi a ex-esposa dele sair para fazer as compras da casa. Aposto como nem sabia cozinhar, embora tivesse uma cozinheira naquela época. É uma pena ver a fazenda nesse estado...Àquilo era uma beleza.

Não se preocupe, ele vai ser recuperar. – Julia assegurou-lhe, confiante. – Guilherme está se empenhando para isso.

- Ele pode ter muitos defeitos, mas tem uma grande qualidade, nunca vi uma homem tão trabalhador.

- Guilherme é bem diferente dos homens que circulam por aqui. – Floris comentou e olhou para o lugar onde o cowboy que saíra estivera sentado.

Apesar de sua braveza, Floris era uma pessoa simpática e Julia não tinha queixas do tratamento que recebia. Era bom saber que todos ali a respeitavam e admiravam Guilherme.

PROCURA-SE UMA ESPOSA - COMPLETA SEM REVISÃOWhere stories live. Discover now