CAPÍTULO 33

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OLÁ MINHAS LINDEZAS............

EBA!!!!!!!! AI VEM O BEBEZINHO, MAS ALGO ME DIZ QUE AS COISAS NÃO VÃO SER FÁCEIS.


BEIJOCAS

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— Julia — Guilherme murmurou ainda deitado sobre a esposa, admirando-lhe o rosto sob a luz da lareira. — Será que uma vez é suficiente para "encomendarmos" nosso bebê ou acha melhor reforçarmos o pedido?

Ela riu, fingiu que pensava e concluiu: — Uma pessoa prevenida...

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Guilherme reviu os cálculos pela décima vez, mas foi inútil: o resultado não mudava. De pé, cerrou os punhos, os maxilares e esmurrou a mesa. Todos aqueles anos de trabalho. Tudo, tudo por nada.

Cortara todos os gastos supérfluos, todas as despesas que podiam se cortadas, trabalhara por dez e ainda assim, não havia como modificar a verdade: estava liquidado. A nevasca de janeiro
que matara mais da metade do gado o arruinara de tal forma que o banco não podia mais se arriscar a lhe fornecer ajuda. O dinheiro não dava para pagar a hipoteca e não haveria prorrogação do prazo.

Só lhe restavam três opções: deixar o banco executar a dívida e perder o pouco que lhe sobrava, decretar a falência e assim conservar a fazenda, mas arruinar o crédito ou aceitar o investimento oferecido por Lucan.Guilherme sorriu para si mesmo, amargurado. A terceira opção era, sem dúvida, a melhor, mas será que Lucan ainda estaria disposto a investir? Na época em que fizera a oferta, a fazenda estava dando lucro, porém, no momento,
a situação se invertera.

Havia chegado tão perto da vitória... E isso tornara a derrota mais amarga; afinal, estivera prestes a se recuperar. Meu pai finalmente atingia seu intuito: vê-lo arruinado e sem a fazenda.

O que a teria levado a agir assim? Talvez por sentir que ele amava mais a fazenda do que do que ele. Droga! Aquelas terras eram mais importantes para ele do que o ar que respirava e a única maneira de não perdê-las era aceitando a oferta de Lucan Evans. Mas Lucan tinha de ser muito rico ou muito louco se ainda quisesse pôr dinheiro na fazenda em seu atual estado.

O melhor era não alimentar muitas esperanças e entrar em contato com o cunhado o quanto antes. De outra forma, não haveria saída. Mas Guilherme tinha que pensar em Julia e seu orgulho o impedia de deixá-la vê-lo falir.

Estavam no mês de março e a neve ainda cobria o chão, mas já havia uma promessa de primavera no ar. Dentro de uma ou duas semanas, iriam surgir os primeiros brotos nas árvores e arbustos. A terra continuava bem viva, mas Guilherme sentia na boca o gosto amargo da derrota. Aquela talvez fosse sua última primavera ali na fazenda.

Do escritório, podia ouvir Julia cantarolando junto com o rádio, na cozinha, enquanto preparava um bolo. Ela se tornara uma cozinheira de mão cheia e Guilherme  ficava com água na boca toda vez que o cheirinho de comida entrava pela casa.

Ela era feliz ali, com ele. Ao publicar o anúncio à procura de uma esposa, Guilherme não esperava conseguir mais do que uma parceira de trabalho, porém encontrara Julia em seu caminho: uma mulher fantástica, companheira, inteligente e que o amava.

Ela nunca pressionara, nunca exigira que a amasse; era o que era e jamais escondera o fato de amá-lo.

Guilherme não sabia como contar-lhe a verdade, porém não poderia esconder-lhe a situação da fazenda. Julia  estava lambendo a massa do bolo grudada na colher de pau, e ao vê-lo entrar, deu-lhe uma piscadinha marota:

PROCURA-SE UMA ESPOSA - COMPLETA SEM REVISÃOWhere stories live. Discover now