CAPITULO 13

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-Em que você trabalha? – perguntou-lhe assim que saíram do aeroporto.

Ela franzi o nariz.

-Trabalho num escritório sem janela, escritório de advocacia. –respondi pensando comigo que pediria demissão e aceitaria seu pedido de casamento sem vacilar.

-Você já esteve numa fazenda? – ele perguntou mesmo já sabendo a resposta.

-Não – ela confessou erguendo o rosto para fita-lo por causa da diferença de altura. Mesmo com seu salto. – Mas sei andar à cavalo. Na verdade era uma boa amazona, graças às aulas que recebera de um colega na Virgínia.

Mas Guilherme não levava aquilo em consideração. Montar a passeio era bem diferente de montar um cavalo treinado para trabalho, como os seus. Ali estava mais um aspecto ao qual ela não se adaptava.

Ao se aproximar da caminhonete velha, enferrujada e suja de barro,Guilherme observou a reação de Julia, já esperando que franzisse o nariz. Porém, Julia não se alterou e aguardou de lado enquanto ele destravava a porta e punha a valise no meio do assento. Em seguida,Guilherme deu um passo para trás para que ela entrasse. Julia tentou sentar-se, mas não conseguiu e então ela começou a rir ao aspecto que a saiu justa impedia de se acomodar no banco da caminhonete. Não dava para levantar a perna.

-Pus este tailleur porque era mais elegante, mas reconheço que uma calça comprida teria sido o ideal.

Guilherme arregalou os olhos e perdeu a fala ao vê-la erguer a saia, expondo mais um bom tanto de suas coxas perfeitas. O desejo explodiu em seu íntimo e ele já não tinha dúvidas de que a excitação que sentia era indisfarçável.

Certo de que não conseguiria conter-se caso ela levantasse a saia mais um centímetro, ergueu-a nos braços e colocou-a no banco da caminhonete. Assustada, ela deu um gritinho e agarrou-se aos braços dele para não perder o equilíbrio.

Guilherme tinha a boca seca e a testa molhada de suor.

-Não levante sua saia perto de mim outra vez. – disse num tom rouco.

-Sinto muito, não fiz de propósito... que dizer, não percebi que.... – começou, e calou-se.

Não poderia dizer-lhe que não tivera a intenção de excita-lo. Afinal,apesar de tudo eram praticamente estranhos.

-Sim, eu sei. Tudo bem. – Murmurou.

Imediatamente,deu uma passo para trás antes que não resistisse ao impulso de colocar-se entre suas pernas afastá-las ainda mais. Tudo o que teria de fazer era introduzir as mãos sob a saia justa e subi-la por completo.

Revoltado consigo mesmo, afastou d vez aquele pensamento antes que perdesse o controle. Só voltaram a conversar muito tempo depois de terem partido rumo à fazenda.

-Está com fome? – Ele perguntou. – De estiver podemos parar naquele café junto ao cruzamento.

-Não obrigada. – ela respondeu meio distraída, reparando na paisagem.

Acostumada a ver prédios e mais prédios colados uns aos outros, admirava -sedas imensas extensões de terra e céu que via ali. Observá-las dava-lhe uma sensação de pequenez e entusiasmos, como se uma nova vida estivesse começando naquele instante.

-Quanto falta para chegarmos a sua fazenda?

-Cerca de duzentos e quarenta quilômetros. Vamos demorar quase três horas para chegar.

PROCURA-SE UMA ESPOSA - COMPLETA SEM REVISÃOWhere stories live. Discover now