VIVER UMA GRANDE PAIXÃO NÃO FAZIA PARTE DOS PLANOS.
Julia pára no meio do saguão do aeroporto, incapaz de dar mais um passa Seu coração bate disparado, a respiração ofegante. Ela nunca viu um homem tão irresistível, tão sexy!
...
Julia passara a manhã toda lá fora, rapando a pintura da casa. Dias antes, já havia dado uns reparos nas paredes internas e agora trabalhava nas externa,aproveitando a linda manhã de sol.
Ao se aproximar a meio dia, no entanto, o calor ia aumentando bastante, fazendo-a suar embicas.
Cansada, resolveu parar por ali. Depois de descer da escada, tornou a guardá-la e foi tomar um banho.
Ao voltar para a cozinha depois do banho, a primeira coisa que viu foi o lanche e a garrafa térmica com suco.
Consultando o relógio,deduziu que o marido devia estar morrendo de fome. Sem perder tempo,apanhou as chaves do carro e saiu correndo.
Por sorte ele já a levara para conhecer toda a fazenda e esta manhã, antes da sair,mencionara o lugar onde se encontraria. Na verdade, era um questão de segurança para ambos saberem onde o outro iria estar durante odia e Julia pensou nos meses todos em que Guilherme saíra para trabalhar sozinho, sem contar a ninguém onde estaria. Se, por azar se machucasse, poderia ter morrido por falta de socorro.
Julia ainda não tinha completado sequer seis meses de casada e, mesmo assim, já quase se esquecera da vida da solteira em Nova York.
Nunca tivera os dias tão agitados e repletos de trabalho e, embora preferisse deixar a casa para ir cavalgar ao lado de Guilherme e, admitia estar adorando a nova vida. O marido contudo, continuava teimando em não deixa-la acompanhá-lo nas tarefas da fazenda, limitando seu raio de ação à casa.
Guilherme era um poço de obstinação.
Julia continuava a sentir toda a paixão que a consumia à noite, na cama, mas Guilherme nunca se deixava levar. E, como consequência, ela também se continha. As relações já não eram mais dolorosas e Julia queria muito mais do que aquilo que o marido lhe proporcionava, mas nesse ponto ele a frustrava.
Guilherme se controlava, diminuindo assim o prazer maior que ambos poderiam alcançar. Com isso, mantinha intactas as barreiras que construíra a seu redor. Julia se perguntava quanto tempo aturaria aquela situação e tinha certeza de que, em pouco tempo, ele começaria a arranjar desculpas para não fazerem amor.
Preocupada em encontra-lo, dirigia devagar olhando com atenção para todos os lados para ver se conseguia localizá-lo.
Aos, poucos, percebeu que o fato de saber onde ele estaria não ajudava muito, pois aquela área era imensa. Foi quando viu as marcas de pneu no chão de terra batida e começou a segui-las, sempre muito atenta. O mais difícil era desviar das pedras.
Julia demorou quase quarenta e cinco minutos para encontra-lo. Guilherme havia estacionado a caminhonete sob uma árvore, deixando-a parcialmente escondida. Ela só o encontrou por causa do brilho do arame novo esticado sob o sol, o que lhe atraiu a atenção.
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