VIVER UMA GRANDE PAIXÃO NÃO FAZIA PARTE DOS PLANOS.
Julia pára no meio do saguão do aeroporto, incapaz de dar mais um passa Seu coração bate disparado, a respiração ofegante. Ela nunca viu um homem tão irresistível, tão sexy!
...
-Não. E para ser bem honesta, não estou muito entusiasmada. Eu desejo você sim, mas sei que não terei prazer nas primeiras vezes.
Ela o fitou bem dentro dos olhos e Guilherme ficou furioso.
-Por que não me disse antes que era virgem? Eu não teria lhe pedido o atestado médico!
-Porque ainda não éramos casados e até esta manhã quando assinávamos a certidão, isso não era da sua conta. – ela falava de cabeça erguida.
-Além do que, você não acreditaria em mim. Acredita agora porque está preste à descobrir a verdade por si só.
-Estávamos planejando nosso casamento.
-Mas podia não ter dado certo.
Guilherme contemplou-a em silêncio num misto de surpresa e felicidade.
Seria o primeiro a tê-la e isso o deixava orgulhoso, satisfazendo seu ego masculino. Por outro lado, o fato o entristecia, já que anulava seus planos para uma calorosa noite de amor. Por mais excitado que estivesse, teria de levar em consideração a condição de Julia,que não aguentaria um ato muito longo.
Talvez fosse melhor assim. Teria que possuí-la com carinho, muito cuidado e não poderia perder o controle de forma alguma. Não poderia entregar-se à paixão desenfreada, mas apenas consumar o casamento da maneira mais suave possível. Na verdade, não pretendia abandonar-se ao desejo mais simples, aliviar a tensão e mantê-la na condição de esposa e futura mãe de seus filhos. Enquanto conseguisse manter o controle sobre a paixão, Julia não teria como vencer lhe as defesas.
Ao vê-lo aproximar-se, Julia procurou não temer e fora bastante sincera ao afirmar que não estava muito entusiasmada para ter sua primeira vez. Guilherme até então só a beijara uma vez e estava visivelmente tenso, controlando-se como podia. Ela se abriria, se entregaria a um estranho e era normal que ficasse nervosa.
Guilherme percebeu o modo como seus músculos se contraíram e afundou os dedos entre seus cabelos.
-Não precisa ter medo. – murmurou.
-Não vou atacá-la como se fosse um touro. – ele ergueu lhe o rosto para fitá-la e Julia reparou no brilho especial dos olhos dele que,aquela noite, pareciam sinceros e cheios de amor. – Vou fazer o possível para que você goste.
-E.... eu preferiria que você não se esforçasse por minha causa.Pelo menos, não desta vez. Estou muito nervosa, pode não dar certo e você ficaria desapontado. Faça o que tem que ser feito e pronto.
-Isso é a última coisa que uma mulher deveria dizer a um homem.Quanto mais eu me conter, melhor para você.
Guilherme deslizou um dedo por seu lábio inferior sentindo a maciez.
Uma moça para se manter virgem até os vinte oito anos devia ter suas reservas com relação aos homens. O modo como ela o beijara o deixara quase louco de paixão, mas entregar-se não seria nada fácil para Julia.
Ela certamente preferia ir se acostumando aos poucos àquela intimidade em lugar de deixar-se levar por qualquer fantasia romântica.
Ele a ergueu nos braços, colocou-a no centro da cama e apagou as luzes do quarto, exceto a do abajur. Julia preferia e escuridão total,porém não reclamou.
Contudo,não podia deixar de olhar enquanto ele se despia e se juntava a ela.Já vira meninos e bebês nus e algumas fotos, mas era a primeira vez que se via diante de um homem nu e indiscutivelmente excitado. E não teve dúvida de que não sentiria prazer na primeira vez.
Guilherme rolou sobre ela e Julia viu-se praticamente escondida sob seu corpo largo e musculoso, tão maior do que o dela. A ansiedade tornava a respiração curta e ofegante.
Guilherme deslizou uma das mãos pela coxa aquecendo-a com seu calor. Sempre subindo, foi erguendo a camisola até alcançar-lhe a cintura,expondo-a para si. Julia fechou os olhos sem saber se conseguiria chegar até o fim.
Ao senti-lo tira-lhe de vez a camisola pela cabeça, ela estremeceu.Seus corpos estavam colados.
-Calma. Não vai ser tão ruim assim. – ele murmurou ao roçar-lhe os lábios num beijo suave. – Confie em mim.
Então,Julia sentiu os lábios capturarem um dos mamilos. O calor úmido e a pressão a fizeram gemer. Sempre de olhos fechados, deixou que ele lhe acaricia-se o corpo todo, aliviando a tensão lentamente,tentando fazê-la relaxar.
Juliano entanto não conseguiu soltar-se por completo por causa do nervosismo e do cansaço.
Quando Guilherme introduziu uma das mãos entre suas pernas, ela assustou-se, novamente tensa, embora afastasse permitindo aquele carinho mais íntimo.
Guilherme começou a acaricia-la com mão hábeis, procurando senti-la e, ao avançar um pouco mais, viu-a franzir a testa e esconder o rosto na curva de seu pescoço.
-Calma, eu não tenho pressa.
Com carinho e paciência, Guilherme excitou-a com suas carícias,provocando-a com seus beijos, mas sempre respeitando-lhe os limites,sem forçá-la. Julia o aceitava, porém não conseguia retribuir os carinho, ainda muito tensa.
Seu coração batia tão forte, que ela temeu estar doente. Ao senti-la prona, Guilherme a possuiu com todo cuidado que foi capaz. No entanto, não conseguiu evitar que Julia sentisse muita dor.
-Sinto muito. – ela lhe disse. – Eu sei que você esperava que fosse melhor.
-Não diga nada. – Guilherme sussurrou, beijando-a. – Fico feliz em ser o primeiro e prometo que das próximas vezes será melhor.
Sempre mantendo o controle das emoções, Guilherme começou a movimentar os quadris com maior velocidade, mas sentiu uma dor no coração ao ver lágrimas escorrerem pelo rosto de Julia.
Ela,por sua vez, procurava aceitar a dor d melhor maneira possível e se consolava em saber que se entregara pela primeira vez ao homem que amava. Era algo natural e quase primitivo recebê-lo em si para dar-lhe prazer e, apesar da dor, começava a surgir em seu íntimo,uma sensação muito mais agradável.
