Prólogo

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Todos os personagens e o universo de Harry Potter são propriedade da J.K. Rowling. Não há interesse em auferir lucro com eles.

Os elementos originais desta história (personagens, lugares, feitiços, poções e outros) só poderão ser utilizados sob minha permissão prévia, com a devida menção à história e à autoria.

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> Esta história é para gente grande, então só leia se você tiver mais de 18 anos. O conteúdo aqui abordado poderá ser um pouco pesado, contendo cenas de violência e tortura bastante chocantes. Não digam que eu não avisei.

> Não me esforço para fazer o Rony ser um babaca. Embora eu seja apaixonada por Dramione, respeito Romione. Se ele, em algum momento parecer um idiota, saiba que faz parte da história, e que ninguém é um anjo cem por cento do tempo.

> O desenvolvimento do casal pode não acontecer nos primeiros capítulos. É a união entre Draco e Hermione, portanto, tenham paciência. Eles não foram feitos para ficarem juntos na obra original, logo, dá trabalho construir uma relação entre ambos sem fugir do personagem. Outro motivo é que o universo da Fanfic é grande e eu pretendo explorá-lo bastante J

> Este é um projeto que tem mais de um ano, com alguns capítulos prontos, mas por força das ocupações da vida posso não ser a Barry Allen das atualizações. A inspiração vem às vezes, mas pode ser que ela não venha, então... Dou um prazo máximo de um capítulo por mês.


Aproveitem a leitura :)

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Maio, 1996

- Epinskey!

O movimento ensaiado e muito conhecido pelas mãos extremamente bem treinadas.

Quatro.

Cinco.

Seis.

Seis pessoas muito feridas. Seis novas bocas para alimentar, manter seguras. O medo finalmente estava preenchendo as lacunas que ela estivera tentando manter protegidas com o pouco de coragem e fé que ainda lhe restavam.

- Senhorita...Temos fome. - Anabel, uma garotinha de pele amarelada e olhos fundos, colocou as mãos na barriga, enquanto olhava, suplicante, para a jovem cansada e tão perdida quanto a menina faminta. Junto dela mais 5 crianças, igualmente pálidas, sofrendo de inanição.

Estavam ali há 45 dias. Simas havia saído há 10, a fim de buscar comida, ou algo que pudesse se transformar em comida. Qualquer coisa que pusesse fim ao sofrimento das 120 pessoas que estavam refugiadas na cabana isolada em meio à floresta proibida.

Voldemort determinara, através de seu informativo semanal, que promoveria o recrutamento de todas as crianças trouxas e nascidas trouxas, para instruí-las a respeito da Magia, em seu Instituto de Doutrinação Bruxa.

As intenções eram muito boas, de acordo com o prospecto. Mas o inferno estava cheio delas, na concepção dela que era nascida trouxa, e provavelmente, entre seus amigos, a única que conhecia este ditado. Talvez Harry também estivesse familiarizado, mas ele não estava por perto.

Estava na missão mais importante de sua vida. Ela também, de certa forma.

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Sete.

Oito.

Nove.

Nove movimentações cruéis da varinha de pilriteiro e pelo de unicórnio. Tão cruéis quanto seu portador, que dentro de uma viela no centro de Londres, torturava alguns trouxas, apenas por diversão. Unicamente para sentir o poder correndo em suas artérias. O sangue quente bombeado pelo coração desumano e frio.

Perdera as contas. Quebrara algumas costelas, alguns ossos inúteis e fizera outros se arrependerem de lhe dirigir a palavra. Rira dos olhos suplicantes. E depois vomitara numa calçada, longe de seus companheiros de trabalho.

A posição de dominador era o que mais lhe agradava. Estava em maus lençóis com o Lorde, mas não podia deixar de aproveitar o prestígio que ainda possuía. Entretanto, quando tentava dormir, lembrava-se de cada rosto; das mães abraçando os filhos com força, colocando-se na frente deles, dos pais tentando, em vão, bloquear a porta com cadeiras apoiadas na maçaneta. Ursos de pelúcia no chão, giz de cera e pedaços e papel tingido pelo sangue espesso.

O cheiro de morte sempre voltava com ele para sua casa. A poção do sono não era suficiente para fazê-lo dormir.

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Maio, 1997

O sexto paciente era Harry Potter, o eleito, o herói de guerra. Tinha duas costelas quebradas, estava desidratado e os hematomas cobriam toda a extensão de pele visível.

Enquanto tocava a espádua e os ombros, sentia o cheiro da guerra. Ditamno, sangue, bandagens novas, algodão cru. O amigo tinha o cheiro da morte impregnado em todo o seu corpo, e ela teve que segurar a incontrolável vontade de vomitar.

A vitória chegara, mas não tinha gosto de vitória. Tinha a face da morte.

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Julho, 1997

- A senhorita deveria trabalhar conosco. Seria uma honra tê-la compondo o nosso rol de estudantes. - O chefe do Instituto Dillys Derwent, pessoalmente, bateu em sua porta. A pessoa que mais amara na vida havia morrido há seis meses e a jovem não tomara um rumo em sua vida. Na verdade, seu único desejo era rumar para o mundo dos sonhos onde seu namorado estava vivo e feliz, gargalhando com as mãos no abdômen, comendo como se Voldemort fosse exterminar o mundo inteiro em menos de um minuto.

- Eu aceito. - Foi robótica.

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Dois mil cento e noventa dias.

Ela.

Descalça na grama, quebrando as regras de conduta de sua própria vida. A textura da grama úmida pelo orvalho matinal fez cócegas nos pés. A brisa suave acentuava o frio.

Ele.

Descalço no chão de concreto, provavelmente contaminado por todos os germes existentes na biosfera. O cimento arranhando a planta dos pés era uma afronta às suas origens.

Mas quem ele era mesmo?

106.789?

106.789??

106.789.

ConstelaçãoWhere stories live. Discover now