Já parou para pensar que tudo foi culpa sua?
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Toronto/11:56
05/06
Voltar da escola sempre me causa uma boa sensação.Não apenas por sair daquele inferno,mas por apreciar a vista da minha querida cidade,por sentir o cheiro da deliciosa comida da minha vó e o conforto da minha cama,junto com a netflix.
Digamos que eu,Helena Roberts,tenha uma vida um tanto quanto confusa.Moro com meus avós, ambos de 67 anos,desde os meus 5 anos de idade,já que meu pai se envolveu com politica e virou um homem corrupto.Ele sumiu do mapa,e provavelmente está morto.Minha mãe,de quem sinto saudades,foi morta brutalmente,e seu corpo foi achado em nossa antiga casa,sem qualquer indício do assassino,apenas de que ela foi morta por facadas.
-Lena,está ai?-Olhei pro lado pronta para responder Lia,minha melhor,única e perfeita amiga.Nós não nos separamos,e eu nem sequer consigo lembrar de quando nossa amizade começou.
-Estou sim,apenas relembrando de algumas coisas.-respondi rapidamente.
Logo após alguns minutos o ônibus da escola Toronto High School parou em frente à minha simples casa.Me despedi brevemente de Lia e desci do ônibus.Encontrei meu avô, como de costume,mexendo em seu amado jardim,que havia florescido bastante nos últimos meses.
-Margarida,chegou cedo hoje.Como está?-Ele disse em meio a um abraço.Meu avô sempre me chamou de margarida.Segundo ele,era porque a flor favorita da minha mãe,sua filha,era a margarida.
-Estou ótima vovô, onde esta a vovó?-Perguntei quebrando o abraço para entrar em casa.
-Ela está cozinha preparando seu almoço querida-disse ele se virando para seu jardim.Meu avô é um verdadeiro teimoso por continuar fazendo esforço por todas estas plantas.
-Ok,te encontro na mesa Sr.Frederico.E a propósito, belo jardim.
Sorri sozinha com a empolgação de meu avô em relação ao meu elogio.Normalmente ele ficava assim quando as coisas davam certo no resultado do trabalho dele.Lembro que quando nós mudamos para essa casa,ele passava não só o dia,como a noite tratando disso.É a terapia dele,e eu adoro aprender com ele sobre jardinagem.
Entrei em casa sentindo o cheiro maravilhoso da melhor comida do mundo.A sala estava silenciosa,e o cheiro de limpeza era tão delicioso como o da comida.Coloquei minha mochila sobre o sofá e decidi procurar pela minha avó.
-Vó?-Não recebi nenhuma reposta,mas pude ouvir sua voz no escritório.Ignorei,imaginando ver ela retirando a poeira de algum móvel enquanto conversava com minha tia avó,Grace,sobre a saudade de sua terra natal,ou coisa assim.
Resolvi subir e tomar uma ducha antes do almoço,mas ao passar no escritório uma palavra me chamou atenção,além do tom baixo e,um tanto nervoso,que vinha de dentro do cômodo.
-Não faça isso com minha menina,ela não merece passar as consequências do idiota do pai dela.-Ela sussurou.Sua voz saía abafada pela porta,mas ainda sim,suas palavras eram nítidas.
Ruídos saíram do telefone,o que pensei que era a voz da pessoa do outro lado da linha.
-Por favor eu só peço...Mas eu e o Frederico podemos resolver e...Alô?-Ela respondeu,o que eu imaginei ser o fim da ligação.
Subi rapidamente após ouvir os passos da minha vó se aproximarem de mim.Tomei a ducha pensando em suas palavras. Eu poderia imaginar que era alguma dívida com a escola.Sai do banheiro enrolada em uma toalha,coloquei uma roupa e pensei melhor.
Será que é uma divida da escola?
Eu deveria perguntar
Mas se ela não me falou não deve ser importante
Ela estava tão preocupada
Cheguei a conclusão de que ela me contaria se realmente fosse importante.Mesmo que meu cérebro insistisse que havia algo errado,eu não gostaria que me questionassem sobre algo depois de ouvir atrás da pora minha conversa.Isso soa horrível agora.
Desci confiante afastando esse assunto para o lado e me juntei aos meus avós,já na mesa.Eles estavam sorrindo,e isso fez um alívio percorrer meu corpo.Talvez nem fosse nada tão sério.
-Olá amor,fiz seu prato favorito hoje,macarrão com queijo.-Minha vó anunciou animada,apontando para a travessa de vidro com a comida.
-Muito obrigada vó, a senhora é a melhor.
Comi tranquilamente e depois subi para meu quarto,entrei nos lençóis e comecei a assistir se eu ficar,me desidratando de tanto chorar.Após alguns longos minutos de filme,acho que depois eu acabei caindo no sono e tirando meu querido e esperado cochilo da tarde.
Pude ouvir alguem apagar a luz, ligar o ar e desligar a TV,e um beijo em minha testa.As mãos pesadas do meu avô puxaram o cobertor até minha cabeça,e seu corpo se afastou em seguida.
-Te amo minha margarida.
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Bom gente essa é minha primeira fanfic,e eu espero que vocês acompanhem e gostem.
Bjs de glitter e arco iris
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