𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍: 
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐈𝐒𝐒𝐎,
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐍𝐀 𝐑𝐄𝐒𝐈𝐃Ê𝐍𝐂𝐈𝐀
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐃𝐎𝐒 𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄𝐒 

⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐄𝐄𝐍: ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐈𝐒𝐒𝐎, ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐍𝐀 𝐑𝐄𝐒𝐈𝐃Ê𝐍𝐂𝐈𝐀 ⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐃𝐎𝐒 𝐒𝐓𝐘𝐋𝐄𝐒 

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     — Desculpe assustá-la assim — falou rapidamente, passando a descer aqueles vários degraus logo depois. Não demorou muito e Henry estava rindo, assim do nada. — Foi engraçada a cara que você fez, o que estava pensando?
     — Nada, eu... — Eu não sabia o que inventar, já que estava meio desconfortável vendo Henry com aquela faca brilhante na mão. Ele simplesmente estava parecendo o Henry do meu último pesadelo. — Desculpe por... por estar mexendo nas suas coisas.
     — Eu estava me livrando de alguns morcegos no sótão. Sei que é estranho usar uma faca para isso, mas era o que estava mais perto de mim. Eles estão passando a me incomodar, sabe?— explicou, percebendo que eu fitava a faca e se afastando para ir à cozinha. — Está tudo bem com você?

Pensei duas vezes antes de fazer o que fiz, porque era errado, então, quando ele virou as costas, tentei fazer o menor barulho possível para abrir a gaveta e tirar de lá a foto rasgada. Guardei a fotografia dentro da minha bota e segui Henry até a cozinha. A situação era inusitada e me perguntei se talvez a fotografia rasgada não tivesse sido apenas um acidente. Eu não poderia negar, no entanto, que o acidente estava muito "perfeito" para ser somente um acidente, pois a foto estava rasgada exatamente onde Anne beijava alguém. Desconfiar de Henry era a última coisa que eu queria, mas eu também não poderia simplesmente ignorar os meus instintos.
     — Eu não sei — respondi, muito honesta.
     — Eu chamei você aqui porque queria deixar tudo muito claro — Henry começou, sério e me observando. — Preciso que você entenda o meu lado, eu não quero que se sinta obrigada a qualquer coisa porque eu…
     — Não, tudo bem — lhe interrompi, tentando dar um sorriso gentil enquanto a minha cabeça continuava focada nas fotografias da cômoda. — Eu estou aqui para ouvi-lo, não se preocupe com os meus pensamentos.

Harry deveria estar furioso àquela hora, pelo fato de eu estar ali mesmo com ele pedindo o contrário. Eu sabia que o espírito dele poderia aparecer a qualquer momento, mas ele já não tinha tanto poder sobre mim. Quando eu estava junto do seu irmão, Harry parecia mais fraco e talvez fosse até esse o motivo para tanta raiva. Talvez fosse por isso que ele quisesse que eu me afastasse de Henry e, quanto mais tempo eu passasse longe daquele espírito sanguessuga, melhor.
     — Eu fiquei preocupado quando saiu daquela maneira, correndo e tão... assustada — disse Henry, finalmente pondo aquela faca sobre a pia. — Achei que eu tivesse avançado muito, que você estivesse irritada comigo.
     — Eu só... estava confusa — expliquei pausadamente, e acabei lembrando do Harry de novo, que implorou para que eu não aceitasse o pedido do seu irmão. — Não era nada de mais.
     — Eu gosto muito de você, Melissa, não quero que se afaste de mim. — Henry se aproximou com aquele ar de calmaria, parecendo ter o controle de tudo. E eu simplesmente não conseguia me decidir de uma vez por todas. Sempre que eu pensava na possibilidade de tentar algo com ele, Harry aparecia na minha cabeça como uma bomba, com as suas ameaças e aquele olhar intimidador. Eu não queria que Henry se machucasse, mas aquilo era tão confuso... Afinal, se Harry odiava tanto o irmão, então por que nunca fez nada contra ele? Por que nunca usou o meu corpo para machucá-lo ou matá-lo de uma vez? — O que a faz ficar tão confusa? — perguntou, buscando me entender. Ele chegou tão perto que encostou a testa na minha, mas isso só me deixou nervosa. Por que eu não sentia tanto desejo por ele como ele sentia por mim? Por que eu não conseguia amá-lo da mesma forma como ele dizia me amar? — Existe outra pessoa que está concorrendo comigo? — ele tentou sorrir, mas foi como se quisesse gritar.

hope • hs | book 1 (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora