𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐎𝐍𝐄

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⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐓𝐖𝐄𝐍𝐓𝐘 𝐎𝐍𝐄:
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐎𝐒 𝐕𝐈𝐙𝐈𝐍𝐇𝐎𝐒 𝐄𝐒𝐓Ã𝐎
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝐃𝐄 𝐎𝐋𝐇𝐎    

     — Sei de tudo o que fez comigo, Harry, e é algo que ainda machuca, porque não pode ser esquecido — eu disse, quando ele me olhou com assombro —, mas eu já não sinto mais ódio, estou apaixonada por você, goste ou não

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     — Sei de tudo o que fez comigo, Harry, e é algo que ainda machuca, porque não pode ser esquecido — eu disse, quando ele me olhou com assombro —, mas eu já não sinto mais ódio, estou apaixonada por você, goste ou não. Você não sai da minha cabeça..., e eu acho que isso está me enlouquecendo aos poucos.

Harry estava ali na minha frente, mesmo de um jeito que não era o ideal, só que para mim já era o bastante. O medo que eu tinha era de perdê-lo para sempre. Pra ser mais sincera, aquilo me perturbava só de pensar.
     — Ah, Melissa... — a expressão dele se suavizou e ele logo se aproximou de mim, a fim de tocar o meu rosto. Quase derreti, eu tinha vontade de conhecê-lo por completo, de vê-lo sorrir mais, de vê-lo fazer brincadeiras..., mas parecia tão longe de acontecer. Eu, contudo, não via nada impossível estando ao seu lado. — Você também não me sai da cabeça.
     — Não precisamos nos importar se é errado ou não — dei de ombros, séria. — Nós já temos mesmo uma passagem de ida pro inferno, e ficaremos juntos. É isso o que importa.

Então eu o beijei.

Aquele frio na barriga voltou com força e eu não liguei para mais nada no momento, apenas queria que Harry continuasse ali comigo. A maior parte das fases da minha vida foi uma decepção, porque nunca aconteceu da maneira como eu queria. A frustração já tinha virado uma personagem no meu dia-a-dia, mas finalmente eu me senti completa de verdade, e com alguém que estava morto. A sensação era boa e eu não queria me afastar daquilo.

Eu estava de toalha, então a deixei cair. Na minha imaginação, Harry ainda estava vivo e descobria coisas novas comigo. Assim, ele me pôs na cama e deitou por cima de mim, sem deixar de apalpar o meu corpo. Os seus cabelos caíram no meu rosto e eram como plumas me fazendo cócegas. As suas mãos percorriam as minhas coxas e as minhas pernas envolviam o seu ser.
     — Você não é de mais ninguém, só minha — murmurou, sobre os meus lábios. — Estará ligada comigo para sempre, Melissa.

O normal seria sentir medo daquelas palavras obsessivas, mas na verdade eu me senti aliviada. Eu era dele, ele estaria ligado comigo para sempre, então significava que Harry não me deixaria em vida alguma. Viver sem ele era algo fora de questão e para mim poderia ser considerado um castigo.

Pressionei as minhas pernas em volta dele e Harry se ajeitou para me penetrar. Ele estava fazendo aquilo rapidamente, mas eu estava gostando e só queria mais e mais daquela força exterior sobre a minha cintura. Abri os olhos, mas me dei conta de que havia algo a mais no meu quarto, nos observando.
     — Harry, o que está acontecendo? — perguntei, com uma mistura de pavor e excitação. Eram os homens que haviam levado a alma da minha mãe naquela noite. Os ternos negros sobre os seus corpos de cera, os seus rostos sem olhos e sem bocas, sem expressões, com tons frios e inanimados.
     — Não ligue para eles, Melissa...
     — Mas é a Morte que está aqui.
     — Sim, são os nossos amigos e você os verá depois — respondeu Harry no meu ouvido, pondo as mãos na cabeceira da cama.

hope • hs | book 1 (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now