Capítulo 26

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Liara

Às quinze horas do mesmo dia em que o fórum estava pegando fogo pela reunião dos juízes com a doutora Ana Luiza. Ela entrou no fórum jurando que iriam pagar pela armadilha que lhe armaram, e ainda que a tirarm do fórum e envolveram um Juiz federal. O que estava me matava neste momento, era não saber de fontes mais seguras, o que teria acontecido para acentuar assim, a ira da mulher. Para agravar a situação, de uma hora para outra, um murmúrio tomou conta do fórum sobre a ausência da Josy. Funcionária exemplar, que nunca faltava, ou deixava de avisar caso atrasasse.

- O que houve com a Josy?

- Ela não veio ao trabalho na parte da manhã. Mas como ela havia dito que iria dar entrada em uns papéis ninguém se preocupou até agora. Ela sofreu um acidente de trânsito.

- E não vem à tarde? Às vezes fico horas dentro de um ônibus que levaria minutos para chegar a faculdade, o trânsito está mesmo um cáos. – Até então eu não tinha endendido o grau do acidente.

- Está em coma induzido.

Quando a Késsia pronunciou essas palavras, "Coma induzido", não conseguia sequer me mexer. Estava chocada. Como alguém saía de perto de nós em um dia e depois acontecia uma coisa deste porte? Levei a mão à boca.

- Estou sem chão.

- E eu? – Sentei-me em minha cadeira atrás do balcão e fiquei por minutos sem saber o que dizer.

- Seria muita marcação eu dizer que tem dedo a demoníaca Juíza nisso?

- Késsia? Acho que seria demais sim. Vão dizer que estamos com ciúmes dela. Acidentes de trânsito, acho que eles acontecem sempre. Todos os dias alguém morre, alguém mata. Disseram como foi?

- Só disseram que foram envolvidos três carros e o dela foi o do meio.

- Precisamos vê-la. Assim que sairmos daqui poderemos fazer uma visita a ela.

E assim fizemos. Quando saímos do trabalho passamos no hospital em que ela se encontrava, mas não tivemos oportunidade de entrar. Conversamos com os pais e irmão e deixamos os contatos para que nos deixassem informadas.

- Coitada. Estava tão feliz com o aniversário. E agora, passar assim, em um hospital.

- Késsia temos que agradecer por ela estar viva. Onde passará o aniversário não importa, contanto que faça. Sabe aquele ditado? De todo mal, Deus tira um bem maior? Esse foi um.

Ainda estávamos nos hospital quando chegaram o Heitor e vários colegas de trabalho. A sexta-feira geralmente era para que eles dia Happy hour. E hoje todos estavam cabisbaixos.

"Até agora não estou acreditando nisso."

"É quase inacreditável." Essas eram nossas frases de lamentações que mais se ouviam enquanto um e outro chegava para se juntar ao grupo em um momento de solidariedade.

- Olha quem está chegando. – Essa expressão da Késsia, não tinha outra razão ao não ser o Cairon. Ela nunca se derretia assim ao doutro Diogo, ou ao doutor Walter. Claro que ele não tinha a metade a beleza do meu Juiz. - Meritíssimo. Que bom que veio. E ela vai gostar de saber.

- Como ela está? Alguém conseguiu entrar? - O Cairon usava esporte fino. Muito informal, e estava mais lindo que nunca, mas com um ar preocupado. Ao seu lado o Murilo vinha com outros dois homens.

- O médico disse que o coma foi necessário, devido a agitação que ela se encontrava. . Teve fratura nas pernas, clavícula, braço e outras partes.

A Amante do Juiz! (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora