Imortais - O segredo dos deuses

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– Se divirta, tudo bem? – o pai de Liv recomendou afagando o seu rosto enquanto eles se despediam no aeroporto, o pequeno grupo reunido perto da entrada para o embarque.

Ela sorriu de volta para Henry, que agora preservava uma aparência bem mais saudável do que semanas atrás. Ele estava finalmente se esforçando para voltar ao normal, quase se parecia com o mesmo homem de anos antes. Liv não pôde deixar de se sentir feliz com isso, e desejou que Henry continuasse assim por muito tempo, mesmo depois da morte dela. 

Ela assentiu e o abraçou bem apertado.

Por favor, papai, fique bem, isso é tudo que eu desejo, que você fique bem e não sofra mais. Porque eu amo tanto você..., ela disse em pensamento o que não poderia dizer em voz alta.

 – Eu te amo, não se esqueça disso – Liv sussurrou e se afastou um pouco, tentando conter as lágrimas. Henry sorriu, também emocionado.

 – Eu também, meu amor.

 – E nós vamos nos divertir sim, Sr. Fitz! Isso é certeza. – Cameron, que quase não conseguia conter-se em si de animação, respondeu por Liv, entrando no meio da conversa.

Liv riu, apertou as mãos do pai uma última vez e foi até a sua irmã, parando em frente a ela. As duas se entreolharam pelo o que pareceu um longo tempo. Naquele momento, Liv aceitou que Valerie não era mais a garotinha que na sua imaginação a irmãzinha continuaria sendo, ela era uma mulher, e provavelmente ficaria bem sem a irmã mais velha.

Val vai superar, ela é forte, Liv disse a si mesma.

–Você não vai chorar, vai? – Val provocou.

–Só me abrace, diabinha.

 Ela puxou a irmã para um abraço e respirou fundo o cheiro do shampoo que Val usava desde sempre. Liv sentiria falta daquele cheiro, porque a fazia lembrar do verão e das férias de quando as duas eram pequenas e tomavam banho na piscina de plástico no jardim. As irmãs colocavam seus biquínis coloridos e fingiam ser sereias.

Se Liv pudesse escolher um momento para voltar no tempo e reviver, definitivamente seria esse: as tardes de verão da sua infância.

– Não demore tanto nessa viagem, tá? – pediu Val, segurando Liv pelos ombros e mordendo o lábio. – Falo sério.