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Daven sentou-se à mesa ao lado de Brynja, com a mesma expressão séria de antes tomando conta do seu rosto e dos olhos afiados cheio de esperteza.
Não era tão alto quanto Rollo, mas era largo e sólido feito um muro de cimento. Seu rosto branco parecia com o de um bebê, exceto pelos bons centímetros de barba loira que ele cultivava. Tinha os modos cuidadosos, apesar das mãos grandes e cheias de cicatrizes.
Era perturbador para Liv e até mesmo desconcertante como um viking poderia parecer tão inofensivo e ao mesmo tempo extremamente perigoso.
Diferente do amigo, Rollo não se sentou. Preferiu recostar o corpo na mesa de braços cruzados, aquela expressão compenetrada em seu rosto quando tentava entender a situação como um todo, sem deixar nenhum detalhe escapar. Tinha a mente de um estrategista.
Toda vez que o observava, Lívia lembrava-se de um pequeno poema intitulado "Guerreiro", que lera em algum lugar há muito tempo atrás:
Observe-me. Eu vou conquistar o meu próprio sol. E se eu for queimado pelo fogo dele, voarei em asas chamuscadas.
A Condessa de Skiringuissal, testa franzida e ombros tensos, inclinou-se para frente, longe de ver-se tão calma quanto Rollo.
— É ótimo tê-lo de volta, guerreiro, mas temo que não possuímos tempo para as felicitações de bem-vindo — Brynja esperou que isso incentivasse o homem a começar o seu relato, mas ele continuou calado, hesitando. — Daven. Você disse que tinha más notícias. Fale.
O viking dirigiu seu olhar relutante até Liv, que ainda se encontrava no canto do salão, observando tudo silenciosamente, rezando para que fosse esquecida e pudesse ouvir a conversa. Estava tão curiosa quanto os outros, e sentia que tinha o direito para ficar e escutar.
— Primeiro, quem é aquela mulher?
— Ela não é uma ameaça — Rollo olhou na direção dela e sorriu. — Apesar de claramente parecer uma.
A mulher estreitou os olhos bem humorados na direção dele e cruzou os braços.
— Ela não me parece uma nortenha — observou Daven.
