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Talvez Rollo fosse o seu homem de lata sem coração, Liv pensou enquanto encarava o viking parado a sua frente, segurando uma enorme espada entre as mãos, as roupas meio abarrotadas e tortas, o cabelo castanho deslizando em mechas pelo rosto que sempre lhe parecia ter sido esculpido com esmero da própria pedra. Era uma beleza agressiva, que sugava completamente a atenção.
Sua mente a arrastou de volta até o dia da excursão no Museu do Templo, lembrou-se da bonita espada de joias azuis incrustadas no estande de Rollo, o Duque da Normandia. Perguntou-se quando teria a oportunidade de ver aquela lâmina ali, no passado, sendo brandida por Rollo e em seu perfeito estado original, não só o metal oxidado e o punho faltando alguns dos cristais. Naquele momento, Rollo carregava uma espada simples e sem adorno nenhum, mas igualmente intimidante nas mãos dele.
Quando o viking deu um passo na sua frente, Liv largou a sua espada no chão e ficou desarmada. Rollo não teria coragem de atacá-la se não pudesse se proteger, ou pelo menos era nisso que apostava.
- Qual é o problema, Liv? – ele questionou, deixando sua espada virada para apoiar-se nela como uma bengala. Seu tom de voz era de decepção. Liv não gostou do quanto ele parecia ansioso para vencê-la.
- Você está bêbado – a inglesa argumentou. – Não seria uma luta exatamente justa.
Rollo engasgou numa risada ríspida e coçou a barba, os olhos brilhando com divertimento.
- Eu agradeço a sua preocupação, mas já matei homens maiores que você em um estado muito mais bêbado que isso aqui. Vamos, pegue a espada.
- Não quero lutar – Liv cruzou os braços. – Se quiser me cortar ao meio, vá em frente. Não vou lutar com você. Vocês dois – ela lançou um olhar significativo na direção de Brynja. – Não podem me obrigar.
Brynja quis marchar até aquela estrangeira petulante e fazer exatamente isso: obrigá-la a segurar a maldita espada e lutar, mas Rollo a parou com um gesto.
- Está com medo, Liv?
Lívia riu.
- Esse jogo não vai funcionar comigo, sinto muito. Pode me acusar de estar com medo, realmente não me importo, não tenho o ego de frágil de vocês. Melhor ainda, eu mesma digo: Estou morrendo de medo! E porque não estaria? Você não parece nem um pouco preocupado se vai me ferir ou não.
