(16)

1.4K 232 34
                                    


Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

                Anneke estava parada perto da porta do quarto, segurando uma cesta cheia de ervas medicinais em suas mãos

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

    Anneke estava parada perto da porta do quarto, segurando uma cesta cheia de ervas medicinais em suas mãos. Por um breve momento, a garota não conseguiu se mexer. Seus dedos nervosos apertaram a alça da cesta e ela engoliu em seco.

Para ela, era impossível que a culpa dominando seu copo pudesse crescer, mas quando entrou no quarto do seu pai e o viu, encolhido na cama, de olhos fechados e parecendo tão velho e frágil... Um tsunami de arrependimento se abateu contra a garota.

Anneke e o Conde Argus nunca tiveram o relacionamento mais afetuoso do mundo. Ele sempre fora um pai relativamente distante, nunca estava presente. Ela se lembrava dos meses intermináveis que o Conde passava longe de casa quando fazia campanhas para a Inglaterra.

 Ela odiava que o seu pai viajasse para tão longe. No entanto, Anneke também nunca esqueceria do sorriso dele ao retornar, do abraço caloroso que dava em cada uma das meninas. Ele as amava mais que tudo, disso a adolescente tinha pura certeza.

 As mãos de Anneke foram até o broxe que o pai lhe presenteara em uma das vezes que retornou de viagem. Ela nunca o tirava do seu cinto. Era uma borboleta lilás e delicada, um pouco amassada na ponta, mas aquele detalhe nunca tirou a beleza do presente. Achei que esse broxe combinaria com a minha garotinha no momento em que o vi, ele lhe dissera. Parece delicado, porém é mais resistente do que aparenta.

- O papai vai ficar bem? – Britta sussurrou, puxando a saia da irmã do meio. Anneke estava tão absorta nas lembranças e na própria culpa que não viu sua irmã se espreitar pela porta.

 Ela se abaixou para que seus olhares ficassem nivelados e fez o seu máximo para dar um sorriso tranquilizador à Britta. A garotinha tinha os olhos arregalados de preocupação e as mãos trêmulas. Não estava acostumada ao ver o pai, geralmente muito forte e saudável, ficar tão doente. Na maioria das vezes, o Conde se recuperava rápido, e nunca deixava que as filhas mais novas o vissem assim.

- É claro que ele vai – Anneke garantiu afagando o rosto da pequena. Colocou os braços ao redor da irmã. – Eu vou cuidar dele pessoalmente.

Imortais - O segredo dos deusesWhere stories live. Discover now