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         Liv tentava descobrir a quantos dias ela estava ali

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         Liv tentava descobrir a quantos dias ela estava ali. Com tanto tempo sem ver a luz do sol, ficava difícil saber quantos sóis e luas tinham se passado desde que deixara Skiringuissal.

           Desde que fora levada.

           Ela se encolheu no chão frio, os olhos ainda fechados. Imaginar a sensação do sol queimando sua pele tornou aquele passar de horas mais suportável. Era assim que ela diariamente se mantinha sã ali dentro daquela caverna escura na qual Erik a mantinha. Recolhia-se para dentro de si mesma e dos seus próprios pensamentos.

          Em sua mente, ela nunca tinha deixado a cama ao lado de Rollo e Erik jamais tinha aparecido. As pegadas, as dúvidas e nada daquilo existiam.

          Liv sorriu em meio à escuridão, lembrando do modo como eles ficaram deitados, juntos, encarando o céu da madrugada, cansados e sem fôlego. Lembrou-se de como suas mãos passearam pelo peito dele, pelas cicatrizes, pela pele firme.

       Nunca tinha se sentido tão segura e feliz. Gostaria de ter continuado ali para sempre. O mundo poderia congelar no inverno mais rigoroso que existia, os deuses podiam entrar em guerra, e mundo entrar em caos, ela nem perceberia.

      — Eu acho que você nunca foi uma maldição, um castigo dos deuses, afinal de contas — Rollo admitiu em um sussurro pensativo, uma mecha do cabelo dela enrolado no seu dedo, o cacho rebelde parecendo se aninhar no dedo dele. — Uma maldição jamais teria um gosto tão... Doce. Um castigo jamais me faria sentir tão feliz.

         Ela sorriu, aconchegando-se mais para perto.

      — Eu te fiz mudar de ideia com uma noite?

         Rollo riu. Liv ouviu o som reverberando pelo peito dele, por um segundo entrando em sincronia com as batidas do coração. Ela amava o som da risada dele.

         — Acho que eu tinha medo de admitir — A mão dele cobriu a cabeça dela, como se subitamente precisasse protegê-la. — Acho que eu não acreditava merecer isso. Merecer você. Bem... — ele pigarreou, envergonhado —, eu ainda acho.

Imortais - O segredo dos deusesOnde histórias criam vida. Descubra agora