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CAPÍTULO 1

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CAPÍTULO 1. Como assim, Chanyeol?


NAQUELE SÁBADO PREGUIÇOSO (no caso, preguiçoso para meu querido colega de apartamento e de muito trabalho para mim), comecei a limpar o lugar desde cedo. Fiz um café amargo para poder me lembrar de como estava a minha vida e receber um choque de realidade.

No momento, gostaria de chutar Chanyeol tão forte para que ele parasse em um planeta ainda não identificado na galáxia. Morávamos há um ano juntos, infelizmente, e ele revirava o apartamento como um pintinho no lixo. E o lugar em que eu morava podia ser tudo, menos lixo! Por isso eu dedicava grande parte do meu tempo a limpá-lo.

Chanyeol deixava roupas jogadas em cima da cama naquele buraco que ele chamava de "quarto" e eu as tirava todo dia. Quando chegava, me dizia que já ia tirá-las de lá (ah, tá, me conta outra) e que eu não precisava limpar para ele. Não sei se ele ainda não tinha entendido que limpar era essencial para mim.

Gostava de coisas alinhadas, nos seus lugares, tudo certo e bem arrumado. Acho que por isso escolhi cursar Arquitetura: adoro estar no controle das coisas e usar lógica, tomar decisões importantes e planejar algo sólido. E as cuecas de Chanyeol em cima da cama não eram algo que eu tinha planejado. Uma vez ele as deixou lá de propósito só para me irritar, então as joguei pela janela.

E então vocês me perguntam: Ora, Nari, como você se meteu em uma enrascada dessas com esse brutamontes? Bem, mamãe tinha uma queridíssima amiga que necessitava de um lugar para o seu filho ficar, pois ele começaria a faculdade de Música e eles não tinham como pagar toda a mudança, os gastos e ainda um apartamento. Por isso, ela me convenceu a dividir as despesas com ele. Morávamos juntos desde aquele tempo.

Meus planos eram outros: trabalhar em tempo integral primeiro para depois fazer uma faculdade, mas mamãe fez um trato com os meus tios para que eles me ajudassem financeiramente durante a faculdade e, depois, quando eu estivesse trabalhando de verdade, pagaria a eles o que devia. Sim, eu era "agiotada" pelos meus próprios parentes. Um bando de crápulas sem coração, mas com dinheiro.

Limpei o apartamento todo naquele sábado, sozinha, ouvindo músicas da Disney de fundo. Só conseguia fazer aquilo quando Chanyeol não estava lá, porque se ele ria de mim quando eu fazia maratona de filmes dos anos 80 em uma plena sexta-feira, não sei o que diria sobre limpar a casa usando pijamas e ouvindo Hakuna Matata ao mesmo tempo.

Ok, não sou totalmente vítima. Digamos que eu sempre envergonho ele na frente das garotas que traz para cá antes de ir embora; também já coloquei uma blusa vermelha no meio das brancas dele (esse foi um acidente, no entanto sinto uma pontadinha de culpa até hoje) e nunca abro a porta quando os amigos dele vêm jogar video-game.

Ele me disse que eu só fazia aquelas coisas porque tinha inveja da vida social dele. Ah, tá! Como se eu não tivesse amigos. Todos os professores eram praticamente meus amigões. Certo que não nos encontrávamos fora da universidade, nem tínhamos outro contato, nem nada do tipo... mas eu os considerava próximos de mim. Fora eles, ainda havia Suho e Hani (certo que Suho era BFF do Chanyeol, porém nos dávamos muito bem).

Auspicious | ChanyeolWhere stories live. Discover now