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CAPÍTULO 19

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CAPÍTULO 19. Redecorando

LÁ ESTAVA EU, na primeira fileira do mais novo show da IU. Haviam se passado seis meses desde que Chanyeol recebera aquela mensagem da equipe de produção da cantora, onde ofereceram a ele uma posição na orquestra que gravaria o álbum dela. Lembro-me muito bem do alarde que ele causou. Todos nós pensávamos que havia feito alguma besteira, mas não daquela vez.

“Eu toquei por três minutos no episódio inteiro”, disse Chanyeol, no dia, extasiado ao nos mostrar a mensagem com a proposta brilhando no ecrã.

“Três minutos são o suficiente para mostrar seu talento”, respondi. Eu segurava a mão dele bem apertado, sorrindo para a alegria estampada no seu rosto como uma figurinha.

Quando as congratulações de Chanyeol foram dadas, nossos amigos nos deixaram com sorrisos bobos e satisfeitos pelo desfecho de um dia que deveria ter sido um grande fracasso. Agora, um quadro emoldurado da nossa foto com a cantora mais popular do país descansava na sala de estar para todos verem: uma ideia convencida nossa.

No começo da noite antes do show, eu gastei muito tempo para convencer Chanyeol de que tudo daria certo, dizendo a ele que não erraria uma nota sequer no concerto, especialmente na parte solo de uma das faixas. As palavras exatas dele foram essas enquanto rodopiava pelo quarto: “Eu tô bem, só relaxa, eu tô bem, tá tudo bem! Tô na boa, nada está acontecendo e eu não estou pirando… por que minhas mãos estão suando?”

“Está tudo bem, Yeol. Só respira, tá?”, eu coloquei minhas mãos nos ombros dele, guiando-o até o sofá, tentando acalmá-lo. Depois, entreguei a ele um copo d’água. “Melhor?”

“Mais ou menos”, ele parou. Então, se voltou para mim. “E se eu esquecer as notas?”

“Você toca violão desde que estava no útero da sua mãe, como pode pensar em uma coisa dessas?”, respondi, sentando ao lado dele. Peguei o instrumento e coloquei-o entre nós. Ele franziu o cenho. “Pode me ensinar a tocar a música, se te ajuda a ficar confiante. Sabe, eu fui a melhor aluna da minha turma por anos seguidos. Aprendo qualquer coisa.”

A risada de Chanyeol ecoou pelo apartamento e mais além, durante todo o período em que ele repassava as notas da música que tocaria para mim, ajustando o violão sobre meu braço e firmando meu aperto nas cordas de aço. Quando estávamos sozinhos nos distraindo com qualquer outra coisa que não fosse nossa responsabilidade, eu me sentia feliz a ponto de esquecer todo o resto. Até mesmo meus horários intercalados de limpeza.

Aprendi a lidar com a bagunça dele, e ele aprendeu a lidar com minha teimosia rotineira. Percebemos que, juntos, poderíamos ajudar um ao outro nessa coisa chamada desenvolvimento pessoal. A mudança, como eu pensava, não era tão assustadora quando Chanyeol estava comigo. Ainda não havia descoberto se os sentimentos de ser eterna e invencível vinham do amor que comecei a alimentar, mas sabia que, sem a interferência de Yeol, eu nem sequer os notaria em mim.

Auspicious | ChanyeolOnde histórias criam vida. Descubra agora