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CAPÍTULO 2. Desastre é meu sobrenome
NO DOMINGO, ESTÁVAMOS EM um bar perto do nosso apartamento. Chanyeol aproveitou para convidar Sehun, um amigo próximo. No momento, escutávamos ele falando sobre o seu recente término (ele e Hani tinham combinado de terminar no mesmo intervalo de tempo?) com Jiha.
"Caros amigos, aqui estou para vos dizer que eu finalmente terminei com a Jiha!", ele sorriu. Há anos eu não via um sorriso se formando nos lábios dele. Aquela garota devia estar sufocando o cara.
Eu não conhecia Sehun tão bem quanto Chanyeol. Ele costumava ir ao nosso apartamento, mas eu geralmente trancava a porta do meu quarto, colocava fones e estudava até que ele e o resto dos amigos de Chanyeol fossem embora. Não gostava de conhecer novas pessoas e, se ele já era uma bagunça, imagine os amigos dele.
"Eu pensei que ele gostava de garotos", sussurrei no ouvido de Chanyeol e ele riu, murmurando de volta no meu.
"Os dois. Afinal, tem tantas pessoas interessadas nele que seria um desperdício deixar passar."
Animada pela conversa com o pessoal, bebi mais do que o normal. Na maioria das vezes eu bebia sozinha em casa, assistindo aos meus romances e perguntando, bêbada, ao Leonardo DiCaprio, porque ele não tinha casado comigo. Porém, não me dei conta de que passei dos limites, nem mesmo quando me aproximei de um desconhecido no balcão do bar.
Ele tinha cabelos sedosos, usava uma jaqueta jeans e vestia uma camisa estilizada de colagens com referências aos anos 60. Resumindo, o cara perfeito.
"Ei, você!", chamei, baixinho, mas mandona. Ele olhou para os lados e, percebendo que era a pessoa a quem eu me dirigia, me encarou. "Tem um nome ou posso te chamar de meu?"
"O quê?", perguntou com as sobrancelhas franzidas. Mas depois da surpresa deu uma risada muito bonitinha, estreitando aqueles olhos escuros. "Infelizmente tenho um nome."
Que lindo. Alguém me tira daqui antes que eu me jogue nele, por obséquio.
"E qual seria?", perguntei, com a cabeça apoiada no balcão do bar sem me preocupar com a condição higiênica dele. Eu estava mesmo fora de mim.
"Zhang Yixing", respondeu, com um sorriso formando-se nos lábios.
Ele era tão lindo. O cabelo dele estava arrumado demais para ir a um bar. Eu queria muito um namorado que fosse arrumado para qualquer lugar! Éramos almas gêmeas! E o universo compensou todas as coisas terríveis que já havia feito comigo colocando Zhang Yixing na minha vida.
Sem falar em como era educado. Ele aturou as minhas cantadas sem fazer cara de nojo para nenhuma delas e ria de todas as piadas sem graça que eu fiz e não gostaria de lembrar.
"É de Seul, Yixing?", obviamente não, já que o nome era chinês e ele tinha um pouco de sotaque quando falava. Desci os olhos para os lábios dele. Eles eram beijáveis. Incrivelmente beijáveis.
