•15: A Conversa de Goldstein e Dumbledore•

499 40 171
                                    

23/08/1927 - Escócia
Hogsmeade - Hogwarts

O chão era duro e definitivamente, não era o melhor lugar para se estar estatelado.

Algo como um impulso que lhe tirava o ar dos pulmões, foi a sensação que teve ao atingir o solo frio da lareira, lareira está que se situava num cômodo deserto e empoeirado. A fuligem cobria suas vestes e seu cabelo estava cheio de floquinhos de poeira.

Levantou a tempo de logo em seguida ver a bruxa surgir na lareira, graciosamente, de pé e com leveza.

Ambos sacodindo as vestes tirando a fuligem.

_ Onde estamos?_ o homem se mostrou confuso.

Não deveriam ter caído em algo que se assemelhasse a uma estação de trem?

_ Eu não sei..._ a bruxa já se adiantava em direção a porta do cômodo tentando forçar a fechadura a abrir-se, sem sucesso. Sacou a varinha do bolso interno do sobretudo rosa e a apontou para a fechadura _ Alohomora.

Um click foi ouvido.

Ela abriu a porta revelando um novo cômodo. Foi até embaraçosa a situação, afinal, havia um homem alí, ele trajava calças pretas, um camisa listrada de vermelho, roxo e branco e um colete preto por cima, sem falar no chapéu, lembrava ao de um motorista dos táxis de Nova York ou algo parecido. No cômodo, havia uma cama com os lençóis enrolados como se ele não tivesse se dado ao trabalho de arruma-la ao se levantar, um tapete empoeirado no chão, um fogão ao fundo onde algo cozinhava — tinha um cheiro estranho e, nada  convidativo — uma pequena geladeira velha e uma fraca lamparina com um forte cheiro de querosene.

A luz tremeluzia dando a tudo um tom alaranjado como o do fogo.

_ Quem é você?_ o homem apesar de se deparar com um invasor em sua casa — se é que aquilo poderia ser chamado de casa — não parecia realmente se importar.

_ Perdão..._ ela começa.

Logo Jacob surgindo ao lado da loira, mais uma vez, o homem torna a perguntar.

_ Quem são vocês?

_ Uma outra hora a gente conversa tá legal?_ a loira realmente não sabia o que fazer para sair dali, além do mais, o pensamentos do homem já a enojavam por demais.

Ela se apressou sacando a varinha e destrancando a porta seguinte e, tanto ela, quando o no-maj saíram a passos apressados, para só então, se depararem com uma enorme estação de trem.

Uma enorme locomotiva de ferro estava parada ali, o lugar estava deserto, exceto por algumas casinhas ali perto onde se podia ouvir murmúrios de conversas.

Certamente, pelo horário, as famílias se levantavam para se arrumarem para seus serviços, enquanto ao fundo, se tinha a bela vista de um enorme castelo encarrapitado no alto de uma montanha. Na manhã, ainda nublada onde o sol não nascerá por completo, se via as centenas de janelinhas cintilantes nas dezenas de torres e Torrinhas daquilo que deveria ser Hogwarts.

Adiantaram-se apressadamente por um caminho de pedras um tanto longo, até onde se encontrava um enorme portão metálico seguro por dois altos pilares de pedras onde em cima de cada um, um javali de cimento cor de chumbo os observava.

Ao aproximarem-se, o portão abriu sozinho, dando passagem a eles.

_ Por que estamos indo para este velho castelo em ruínas?_ as palavras de Jacob trouxeram a loira certas dúvidas, de que ruínas ele haveria de estar falando.

Ela notava seus pensamentos confusos, ele não queria discutir com ela, mas não via motivos em andarem em direção a cimento e madeira destruída.

Wanted | AFEOHOnde histórias criam vida. Descubra agora