•23: O dia com LeTina em Nova Iorque•

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Ainda naquele dia mais tarde...
Nova Iorque - EUA

O dia estava parcialmente nublado na velha cidade americana.

O ruivo estava sentado num pequeno banco de madeira, a cabeça baixa e os cabelos levemente dessarrumados caiam na testa, ao seu lado, Tina sob a forma de Leta se encontrava em silêncio.

_ Newt..._ ela o chamou fanzendo-o olha-la _ ninguém sobrevive à maldição da morte...

Ele à encarou um tanto confuso. Ele não sabia se continuava sua atuação dramática ou ria da ironia dela por falar do próprio funeral.

_ E você sabe disso..._ ela tornou a falar desviando o olhar dele e encarando as próprias mãos pousadas em seu próprio colo.

Ele olhou as lápides do cemitério, flores espalhadas por sobre elas, vasos e mudas, seria bonito se não fosse trágico.

_ Todos sabemos não é... Afinal, todos iremos partir um dia... Só não se espera ir tão cedo... Nunca se espera.

_ A morte é... A única certeza que temos na vida _ ela começa fixando os olhos na loira próxima à eles, seus pais lhe vinham à memória naquele instante _ e também nossa maior dúvida... Quando e como ela será.

O homem soltou um suspiro e deu de ombros. Sentia uma grande vontade de abraça-la naquele instante. Se conteve mais que depressa.

_ Vou sentir saudades..._ ele fala olhando a flor que havia entre seus dedos. Não, não ia, não havia de quem.

_ Eu seu que vai... Mas olhe _ ela começa se levantando e se pondo a frente do quase-ruivo _ existem... Sete bilhões de pessoas no mundo, não se prenda à uma que já não está mais entre nós... À uma que você mal conhecia.

Por que referir-se a si mesmo como a desconhecida?

O magizoologista lhe deu um sorriso.

Quennie estava ali próxima aos dois, mas sequer prestara atenção em um só palavra que ambos disseram. Ela se agarrava a Jacob num abraço interminável, com o rosto enterrado em seus braços, onde lágrimas lavavam os panos que o cobriam. Ele tentava acalmá-la de todas as maneiras possíveis, já lhe oferecera desde chá à café, mas nada havia feito a loira cessar as lágrimas, agora, tudo o que lhe ocorria era continuar abraçando-a enquanto acariciava os cachos loiros de seu cabelo e, por vezes, tentar alguma palavra de consolo.

Depois de alguns minutos de silêncio, ela finalmente levantou a cabeça para encara-lo.

_ O que acontece agora, Honey?

Ele se deteve nas palavras durante alguns segundos, antes de respondê-la.

_ A vida continua... Não é?_ ele perguntou com um tom de afirmação_ eu quero dizer... Não vai ser fácil, eu sei, mas... Não pode parar a sua vida quando algo assim acontece.

_ Mas Honey, o que eu devo fazer? Eu não sei..._ ela começa _ eu sempre cuidei das coisas, mas eu sempre sabia que aquilo era o certo para nós duas... Para ela... Como vou saber o que é melhor apenas para mim? Pk

_ Você irá saber... Eu sei que irá _ ele começa tentando argumentar _ tente só... Continuar sendo você mesma, além do mais, estarei com você, não estará sozinha, nunca esteve, sabe...

_ Talvez ela esteja feliz lá...

Lá, lá aonde? O que há lá? Há um lá?

_ Com o resto da família..._ a loira continua _ com mamãe e papai... Tia Leslie, Poppy... O tio Arnold.

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