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25: Maravilhosa confusão

N/A: gal, se prepara porque o final desse capítulo tá TENSO!

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"Me dá um "T", agora "R", um "E", mais um "T", por fim um "A". O que isso formou? Isso mesmo: TRETA, TRETA, TRETA. ── Bruna."

Movimentei mais uma vez a mão que estava dentro da piscina, perdida em pensamentos sobre o dia anterior e de como minha casa havia virado uma zona de guerra de um dia para o outro. Encarava toda a extensão azul que o céu estava naquele dia enquanto estava deitada na borda da piscina, muito mais concentrada em reviver os momentos do dia anterior do que tentar entender o que estava acontecendo em casa naquela hora.

"─ Não tinha ninguém desaparecido para você achar, Kia! ─ as palavras da minha irmã mais nova aos poucos foram compreendidas pelo meu cérebro e eu ainda não conseguia acreditar que, de fato, Kia teve coragem de se encontrar com Guilherme depois de tudo. ─ Eu não acredito que você fez isso! É uma daquelas suas piadas idiotas, não é?

Mas eu soube assim que encarei o semblante devastado da minha irmã que aquilo não era uma piada, mas sim a dura realidade.

─ Malu, você não entende! Eu acho que ele mudou. ─ um sorriso inocente surgiu em seus lábios. ─ O primeiro encontro partiu de mim sim, mas os outros foram todos ele que marcou.

Kia tinha um ar sonhador e esperançoso em volta de si e parecia realmente acreditar que Guilherme queria algum contato com ela. Eu não sabia o motivo pelo qual depois de tantos anos ele aceitou se encontrar com um de nós, mas eu sabia que alguma coisa ele queria com isso.

O que me deixava mais surpresa e extremamente irritada é o fato de Kia simplesmente ter decidido encontrar com ele e esconder isso de todos nós. Aquilo era uma espécie de traição a família.

─ Você é muito iludida!

─ Maria Luísa!

Ela realmente achava que eu iria levar aquilo na naturalidade e ficar normal quando ela me diz que o cara que cedeu os espermas dele para nós estarmos no mundo, sumiu e agora aparece e anda tendo encontros escondidos com a minha mais nova? O que Kia anda pensando da vida? Nem a pessoa que menos guarde rancor e magoas nessa vida ia ser capaz de lidar com algo desse tipo com naturalidade.

─ Ele precisa de uma chance, Malu, talvez se todos nós formos compreensivos e...

─ Compreensivos? Você quer que eu seja compreensiva com um cara que saiu de casa quando eu tinha seis anos e vocês ainda estavam na barriga da mãe? Você quer que algum de nós seja compreensivo com um cara que largou a gente sem se importar com nada? Que ficou fora das nossas vidas durante doze anos? ─ Kia se levantou do sofá e começou a chorar, mas sinceramente, ela poderia chorar o quanto quisesse. ─ Meu Deus, você é burra ou o que, Kia? Que porcaria de lavagem cerebral fizeram em você para sair tanta porcaria dessa sua boca?

Me coloquei em pé também. Eu estava muito nervosa para ficar sentada e a mania de ficar balançado a perna quando estava nervosa simplesmente não estava mais funcionando naquela situação. Tinha muita tensão no meu corpo.

─ Você está sendo má.

Soltei uma risada amargurada ao mesmo tempo que percebi que lágrimas também rolavam pelo meu rosto. Eu estava sendo má? Ela realmente estava dizendo que eu era o monstro da história quando temos Guilherme Alves por aqui? Kia não tinha ideia do que estava falando. Não tinha.

─ Eu estou sendo má porque estou falando a verdade para você? Porque estou te lembrando de todo o inferno que a nossa mãe passou? Que Felipe e eu passamos? ─ ela se encolheu quando percebeu a porcaria que estava falando. ─ Kia, o que você fez... Eu nem sei o que pensar.