016||Mother

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EVA MOHN

Quarta-feira, 13:46

Sana que está ao meu lado termina de contar sobre o sonho super estranho que teve, do qual não prestei nenhuma atenção.

"Sana, você precisa ir a um psicólogo." Chris diz fazendo piada, fingindo preocupação.

"I Agree" Vilde diz.

Desbloqueio meu celular para ver a hora e começo a me despedir das meninas. Preciso chegar para o almoço.

Minha mãe está em casa desde ontem e ela já vai embora amanhã de novo, então queremos passar o maior tempo possível juntas.

Caminho em direção a minha casa e depois de uns dez minutos eu chego.

Já lá dentro, subo as escadas e minha mãe aparece segurando sua bolsa e com os óculos no topo da cabeça.

A olho com o rosto confuso, mas Emília apenas sorri e começa a andar em direção à porta que eu tinha acabado de passar.

"Vamos Eva!" Minha mãe diz já fora da casa.

"Vamos para a onde louca?" Pergunto rindo.

"Para o restaurante filha." Diz como se fosse óbvio já entrando no carro.

"Por que você não me disse que iríamos sair?" Me acomodo no banco do passageiro, logo depois de ter deixado minha mochila no banco de trás.

Ela me olha e eu apenas ergo as sobrancelhas.

"Vamos Eva, pare de ser mal humorada." Diz ela enquanto dá partida no carro.

"Eu não sou mal humorada." Cruzo os braços na frente do peito.

Dona Emília me olha e diz.

"É." Concorda ironicamente. "Claro que não." Minha mãe começa a rir e eu semicerro meus olhos.

"Você é muito chata sabia?" Pergunto e ela apenas concorda com a cabeça ligando a rádio e ignorando totalmente o que eu falei.

Olho ao redor ainda impressionada com o restaurante, quando Dona Emília falou que iríamos sair, imaginei uma lanchonete ou no máximo um restaurantezinho normal.

Não tinha passado pela minha cabeça que nosso almoço seria em um dos restaurantes mais caros de Oslo, o Statholdergaarden.

Já viemos aqui algumas vezes, mas apenas quando meu pai morava com a gente, o faz anos.

Minha mãe já tinha pedido a entrada, a estávamos esperando a alguns minutos. Ela não parava de falar, contava do seu trabalho, da cidade e o do quanto ela sente minha falta.

Amo tanto essa mulher que não consigo nem descrever em palavras, mesmo ausente ela está lá para mim.

Eu sei que é difícil de entender, mas minha mãe é maravilhosa e eu agradeço muito por ter ela na minha vida.

Dou um gole na minha limonada quando termino de contar do trabalho de física que tive que entregar hoje.

Levanto meus olhos da mesa e o que vejo torço para ser uma miragem.

Dependency • Chris and EvaWhere stories live. Discover now