9. Prometo

1.8K 145 43
                                    

Voltei com um POV da nossa porn actress favorita.

Boa leitura anjos!

Eliza Janeface Taylor

Depois do quarto orgasmo após nossa primeira transa, Alycia dormia tranquilamente ao lado direito da cama, sua mão segurava possessivamente em minha cintura enquanto uma das pernas estava por cima da minha. Eu não conseguia dormir e não era por falta de cansaço, era por medo. Medo de que esse momento íntimo acabasse, medo que no dia seguinte ela simplesmente levantasse antes de mim e fosse embora, medo por não saber como encarar meu trabalho no dia de amanhã.

Quando se está no começo da carreira qualquer transa é satisfatória, você não precisa fingir nenhum orgasmo ou qualquer expressão de prazer, tudo é muito natural, arrisco dizer que seja até mesmo prazeroso. Existe um momento em que você simplesmente acorda desse sonho, você já não tem mais vinte anos e não tem sonhos que ainda queira realizar, tudo o que te resta é estar de frente com uma câmera sendo literalmente fodida por alguém que você não deseja ou sinta o mínimo prazer, eu digo literalmente porque não é apenas seu corpo, é sua mente, seus sentimentos e seus maiores medos sendo todos complemente ignorados, desrespeitados e esmagados por algum homem ou produtor que não dão a mínima para o que você sinta. Não se importam como nada além do seu corpo malhado ou seu nome artístico de peso. Você está sendo totalmente fodida e ninguém se importa.

Eu simplesmente estava habituada a isso, não envolver nada além do meu físico em uma transa, na verdade em qualquer transa que fosse seja ela como atriz ou como Eliza. Alguns meses atrás alguém esteve ao meu lado em um relacionamento e depois de uma cena forte esse cara simplesmente correu alegando que ele não poderia lidar com alguém psicologicamente e fisicamente fodida como eu estava no momento. Na verdade não me surpreende, me mágoa mas não é nada além do que eu esteja acostumada a viver ou ouvir de colegas de trabalho. O ponto que quero chegar é que antes da terceira cena tudo vai ter voltado a sua normalidade, eu não vou mais ser cuidada por ela. Ela não vai sequer se importar ou até mesmo lembrar de que mais que uma atriz sou uma pessoa. Eu só quero continuar, eu quero estar sendo abraçada assim, quero sentir sua respiração tão perto, sentir meu próprio perfume em seu corpo, sentir seu hálito de menta, seus lábios macios e seus toques firmes e carinhosos ao mesmo tempo.

Pedir para que ela continue comigo é egoísmo e eu sei bem disso, ela pedir para que eu mude de profissão ou algo assim seria egoísmo de sua parte, no primeiro dia em que nos vimos naquele restaurante incrível ela me disse que não havia nada no mundo que ela soubesse fazer além de escrever e investigar. Pois eu digo que não há nada no mundo que eu saiba fazer que não seja transar e machucar pessoas.

Quem eu quero enganar? Somos completamente opostas.

Eu gostaria de ter dito a ela sobre a cena de amanhã, gostaria de ter o feito antes mesmo que tivéssemos na situação que estamos agora. Eu simplesmente não pude, tive medo, receio e inseguranças. Não me sinto pronta para abrir mão de seja lá o que for isso que temos, eu virei dependente de seus cuidados, carinhos e palavras de conforto. Talvez minha estima fodida tenha encontrado algo a se agarrar. Não me orgulho de esconder a verdade dela, não de maneira alguma, mas talvez seja mais fácil esperar para acordar sozinha do que lidar com a verdade nua e crua.

Retirei seu braço de meu corpo e rolei para o lado da cama, sua perna se desprendeu de mim e a morena deu um resmungo irritado. Sorri com a manha e sentei sobre a cama. Apoiei os cotovelos sobre o joelho esfregando meu rosto com a mão. Fitei a morena que tinha colocado toda coberta sobre o braço, involuntariamente fazendo-a substituir meu corpo.

Counter Words - Clexa AU Where stories live. Discover now