30. Condição

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Alycia Debnam Carey Pont of View

Ela gozava tão perfeitamente bem. Logo após o melhor orgasmo da minha vida. Eu pensei em quantas pessoas tinham dado isso a ela. Quantas ainda dariam. Quantas dessas pessoas faziam melhor que eu. Quais dessas pessoas ainda estavam no fundo da mente dela. Porque elas estavam rondando a minha cabeça? Eu só queria continuar com ela. E ela deveria continuar comigo. Era assim que as coisas deveriam estar. Era dessa forma que eu precisava que elas estivessem. Seus olhos reviravam de prazer e os meus amavam vê-la assim usualmente. Eu senti tantas coisas nessa transa e terminou da pior forma possível. Porque todas aquelas pessoas que tinham rostos desconhecidos pra mim tocavam nela. E eles davam isso a ela. Eu preciso que vocês saiam da minha mente. Eu preciso que ela seja só minha. Eu preciso dela. Eu preciso...

_Eu preciso que você pare de gravar!

Eu congelei. Fiquei estática porque tinha dito em voz alta. Ela ainda parecia tomada por prazer. Eu torci aos céus que ela não tivesse ouvido. Porque era egoísta. Era estúpido. Eu precisava dessa estupidez, mas não era justo que ela perdesse tudo que ela tinha. Eu esperei simplesmente. Ela pareceu relaxar. Suspirou forte como se dissesse que estava cansada e totalmente satisfeita. Finalmente! Eu me ajeitei sobre ela, graças aos céus ela não ouviu.

_ Me peça em casamento outra vez.

Eu franzi o cenho. Meu coração acelerou. Ela ouviu errado. Fodeu completamente. Dizer ou não dizer? O quarto mergulhou em um silêncio estanho. Ela limpou a garganta.

_ Quero dizer, é a minha condição para o seu pedido.

Eu me levantei imediatamente de seu corpo. Me inclinado para olhar em seus olhos. Que tinham um semblante calmo e confiante. Oh Deus! Ela está falando sério. Ah meu Deus, ela realmente está falando sério. Eu não sabia se sorria ou se chorava. Porque veio uma vontade enorme de chorar. Eu não consegui segurar e chorei. Chorei forte, como se um peso enorme estivesse saindo das minhas costas. Como se o momento me aliviasse de uma maneira e me preenchesse com tanta felicidade que era preciso chorar. Chorar para substituir o ciúme e o egoísmo por amor e felicidade. Chorar por amor, chorar porque eu estava esperando por isso a meses. Por um momento de alívio, não de angústia. Era angustiante pensar no que ela passava em cena, era angustiante pensar em tudo.

_ Ah meu Deus! Eu retiro o que eu disse, você não precisa se casar comigo não. Tá tudo bem! Eu vou pegar minhas coisas e bom, de qualquer forma vou parar de gravar.
A gente se fala depois?

Eu olhei pra sua expressão desesperada e comecei a rir. Eu chorava e ria ao mesmo tempo. Isso era louco demais. Eu deveria estar pedindo ela em casamento, mas estava rindo e chorando de nervoso e de felicidade.

_ De que merda você está rindo? Não é engraçado! Eu estou confusa Alycia!

Eu não conseguia dizer nada. Só conseguia rir. Eu quis calar essa felicidade no calor dos lábios dela. Me atirei pra cima dela, nós duas caímos na cama na cama. Eu tentava beija-la da melhor forma que meu sorriso permitia. Ela sorria entre o beijo também. Foi um dos nossos melhores beijos. Foi o melhor talvez. Eu a amava tanto. Nós íamos nos casar. Ela iria ser minha mulher, de mais nenhuma outra pessoa.

_ Oh case comigo! Case comigo e se case comigo. - Eu disse.

Ela riu e me beijou outra vez.

_ Isso pareceu muito mandão. Não deveria ser um pedido? - Ela me disse enquanto voltavamos a ficar sentada sobre as pernas.

_ E porque eu pediria? Não se faz pedido a condições.

Ela me olhou por alguns segundos. Eu sorri porque tinha ganhado essa novamente. Sua cara ficou emburrada.

_ Você é uma idiota! - Eu ri. - Saiba que eu ainda posso retirar minhas condições.

Meu sorriso se desmanchou. Ela sorriu triunfante. Então eu voltei a sorrir. Nada mais importava nesse momento, até mesmo meu orgulho em querer ganhar todas as discussões. Eu só queria ver aquele sorriso no rosto dela, para sempre. E eu o veria. Coloquei minha mão em seu rosto acariciando-a, segurei em seu queixo trazendo-a para um beijo calmo. Minha única preocupação era demonstrar o quanto eu a amava. Não importa o que eu ainda precisasse fazer para estar ao lado dela, eu o faria, eu suportaria tudo para viver sempre com ela.

_ Case-se comigo e deixe-me amar-te sempre. Deixe-me cuidar de você todos os dias, deixe-me ajudá-la dar um novo rumo a sua vida, deixe-me estar ao seu lado nos piores e melhores momentos e deixe que isso que criamos se transforme em alegria. Case-se comigo?

Ela me olhava tão profundamente, era tão intimidador e feliz ao mesmo tempo. Eliza nunca me mandou flores, nem mesmo chocolates, não era ela quem abria a porta do carro sempre, até porque quase nunca saímos no carro dela, ela não me dizia o tempo todo que me amava, ela não conversava comigo por mensagens de texto todos os dias, e sinceramente? Nada disso era necessário. Apesar de abalada psicologicamente algumas tantas vezes, ela sempre me perguntava se eu estava realmente bem, se não tinha nada me incomodando, ela queria saber como tinha sido meu dia na Times, pedia para ler meus poemas, coisa que eu nunca deixava, queria saber de meus familiares, ela tinha o que era preciso. Ela queria me entender por inteiro, ver os lados sensíveis e extremos. Não era sobre fama, beleza e dinheiro. Era sobre se importar. Porque até então, isso era o que faltava em todas as outras. Nem beleza, nem dinheiro, nem nada poderia me prender a alguém. Era sobre empatia, respeito, cuidado, carinho e atitudes. Não sobre palavras e presentes. Eliza sorria muito largo, seus olhos estavam vermelhos, ela era teimosa demais para deixar a lágrima escorrer.

_ Eu caso. - Foi o que ela disse.

Simples assim. Sem muitas palavras dela. Eu sorri e assenti. Então ela me deu um abraço apertado. Carinhoso. Cheio de sentimentos que só nos duas entediamos. Nessa noite nós ficamos acordadas um bom tempo, fizemos amor outra vez depois do abraço. Fomos para a cozinha comer pipoca e refrigerante, eu realmente tinha esquecido de fazer compras naquela semana. Ela me olhava sorrindo e ria das minhas palhaçadas, sua bochecha quase sempre estava cheia de pipoca, então eu ria também, vez ou outra caiam dois ou três farelos, com eles todas as minhas inseguranças, ciúmes, tristezas entaladas no meu peito, nos lugares mais profundos da minha mente. Depois que comemos pipoca fomos escovar os dentes juntas, sempre o fazíamos, quando possível, era extremamente íntimo para mim. Algumas vezes eu não resistia e passava minha escova cheia de pasta, baba e bactérias bucais em sua bochecha rosada. Não tinha sentido lógico fazer isso, mas ela ficava brava todas as vezes e isso me divertia muito. Ela quis tomar um banho eu me recusei a ir junto por motivos óbvios, eu não aguentaria outra rodada, então eu deitei na cama e fiquei trocando os canais. Ela veio junto a mim em alguns instantes. Eu abracei seu corpo o máximo que pude, enfiei meu rosto na sua parte mais cheirosa e peguei no sono, o mais tranquilo dos últimos nove meses.

Então gostaram do cap? Não sei espero que sim... Calma que a Fic não está acabando, ainda.. Mas pode ser que esteja um pouco perto. Enfim queria dizer uma coisa, tem escritores muito fodas que conseguem dar uma cronologia de tempo certa na história, não quis me apegar muito a isso, mas como vocês viram elas estão a nove meses juntas.

Que loucura casar conhecendo alguém somente por nove meses ne? KKKKKKK

Então, é isso aí, disse que não demorava dessa vez...

Counter Words - Clexa AU Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz