Capítulo Onze

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Sem correção. 

Obs... Optei por usar um fato verídico na ficção. Ocultado é claro os detalhes. 

Gael,

- Que droga! – Resmunguei. Primeiro porque a madrugada poderia estar sendo diferente. Ela estava quase compreendendo nossa situação. E segundo porque, as pegadas deixadas dessa vez não eram de uma pessoa pequena. Tínhamos certeza de estar lidando com um homem.

- Os homens atiraram patrão, mas no escuro o senhor sabe como é. Não sabem se acertaram ou não.

- Reforce a segurança Pedro. Não estou gostando disso.

Ele se afastou e quando voltou uma suspeita se apoderou do meu coração.

- Pedro. Isso começou a quanto tempo? – Eu sabia. Foi depois que a Karolyne havia completado três anos. E vinha se repetindo no mesmo período. No começo eu cheguei a pensar que fosse a mãe.

A Darlene seria descarada o suficiente para vir no dia do aniversário da menina. Mas agora...

O Pedro se aproximou com os rapazes e eu deixei de observar as pegadas para falar com eles.

- Quero que redobrem a segurança. Principalmente hoje. É aniversário da minha filha e não quero surpresas desagradáveis.

- Sim senhor.

- A ordem é atirar primeiro e perguntar depois. Afinal, se não está entrando pela porta, é porquê não foi convidado. Quem arromba cerca é ladrão.

- A gente acha patrão que isso não é coisa mulher não. "Seu Pedro" falou, - mas pela minha experiência, - e era muita experiência, já que Nascimento estava ali desde a época de meu pai. – Isso é coisa de homem. – Ele se abaixou perto às pegadas. – Se o senhor notar, na vinda a pessoa estava mais tranquila, e na volta o intervalo dos passos são maiores, quer dizer que saiu às pressas. Mas a gente não deu falta de nada não senhor. Então ele vai voltar porque não achou ainda o que queria. Ou o quem procurava.

- O que quer dizer com isso, homem? – O velho colocou um pedado do capim na boca e olhou para a casa grande.

- Talvez a moça nova tenha um namorado ou algo desse tipo. – Eu sorri.

- Não. Ela disse que não tinha namorado e ela não é mais tão nova aqui né Nascimento.

- Isso é né patrão. Isso é!

- Bom! É o que eu disse. Atirem e depois se o sujeito ainda conseguir falar, a gente descobre o que queria. Vou até a delegacia informar isso ao nosso amigo delegado.

- Vou junto.

- Não Pedro. Fica aí. Nunca se sabe quando o sujeito pode voltar. Fico mais tranquilo com você protegendo as mulheres.

- Então toma cuidado pela estrada uai. Lidar com o desconhecido é complicado.

Durante o caminho até a cidade fui pensando nas coisas que Nascimento havia falado.

Estava descartando a Darlene. Por que não havia aparecido antes? E por que vinha somente à noite, rondava, mas não dizia nada? Conhecendo bem a Darlene, ela teria que ter um bom motivo para não se aproximar e fazer um escândalo. E ela não tinha. Faria qualquer coisa, caso quisesse se aproximar da filha.

Começava a me sentir um idiota.

Teria sido engando pela Gabriela? Sabíamos que era um homem, e talvez fosse a mando da Darlene ou não. Talvez fosse de fato um suposto namorado da Gabriela.

DNA - Um lar para KarolyneDonde viven las historias. Descúbrelo ahora