Prólogo

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O som da espada decapitando o homem. O som das armas se chocando. O som de passos atrás de si. O som de sua arma perfurando. Armadura, roupa, pele, carne, ossos, órgãos, armadura.

E então o silêncio.

Fez um movimento rápido com as mãos e outro corpo foi engolido, retornando à terra.

Sentiu os passos se aproximando antes de ouví-los ou de seus donos com sede sangue aparecerem entre as árvores. Ela suspirou e se concentrou no seu único objetivo: não morrer.

Porém, mesmo que tivesse toda a magia e treinamento ao seu lado, não poderia vencer tantas vezes o seu número daquela forma. Mas tinha uma missão. Uma única e solitária missão e, se falhasse, não seria só a sua vida que iria acabar.

Um dos homens pressionou mais a faca em seu pescoço enquanto puxava seu cabelo para trás. Ele estava prestes a acabar com tudo quando outro mandou que parasse.

— Estamos perto, podemos levá-la para eles.

— A Senhora já conseguiu quem queria. — Rebateu o com a faca. — Não precisamos de mais nenhum desses vermes.

— Mas a ordem é conseguir o máximo deles vivos, o que acha que vai acontecer quando ela descobrir que você desperdiçou magia assim? — Disse uma mulher mais à direita.

O homem hesitou, mas mandou que amarrasse suas mãos e, mais uma vez, a magia abandonou seu corpo.

— Esses negócios funcionam mesmo? — Disse ele tirando lentamente a faca de seu pescoço.

— Devem funcionar. — Disse a mulher embainhando a espada.

— Bom, — o homem andou até ficar de frente para ela, — é sempre melhor garantir.

Nem teve tempo de tentar desviar e o cabo da faca atingiu sua cabeça, levando sua consciência.

Daquela forma, sangrando, desacordada, amarrada e sem magia, conseguiu cumprir a primeira etapa do plano que nunca deveria ter aceitado executar.

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