XLIII - Reencontros - Semepolhian

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Geralmente faziam as reuniões do conselho no andar da arquibancada, assim aqueles que quisessem saber o que se passava, poderiam se juntar a eles. Porém, daquela vez, um dos objetivos do grupo era que justamente pudessem discutir a situação antes de dizerem qualquer coisa aos outros. Sendo assim, estavam no primeiro quarto de uma das torres que permanecia desocupada, com todos do conselho mais Redani, falando pelos egüeses recém chegados.

— A pergunta é simples, — falou Emmethorion iniciando o debate, — o que vamos fazer?

— A resposta não é tão simples assim. — Rebateu Semepolhian.

— Eles destruíram a casa dos egüeses. — O guardião voltou a falar. — Já chega de se esconder.

— Sabemos muito bem porque eles conseguiram destruir. — Interveio Zilena. — Não é como se o esconderijo deles tivesse falhado de repente.

Semepolhian e Emmethorion se encararam rapidamente.

— Talvez seja mesmo uma boa hora. — Falou a das águas. — Tentamos o apoio dos nimases e Krana não nos levou tão a sério. Os imimoyas sequer tiveram o trabalho de manterem contato...

— Sim. — Concordou o da floresta ao seu lado. — E eles já encontraram alguns de nós na floresta... Se um conseguiu voltar a eles, já fortemente desconfiavam que nos escondíamos aqui. Agora que encontraram os egüeses, vão vir com tudo atrás de nós. — Ele fez uma breve pausa. — Não acho que estejamos mais seguros na fortaleza, nem os outros em seus respectivos abrigos... Temos que avisá-los.

— E fazer o que? — Inquiriu Argristong.

— Não sei, mas temos que nos unir, já deu de cada um por si.

— Podíamos voltar para o Continente dos Dragões. — Afirmou Velhima com insegurança.

— Aquele lugar está abandonado há vinte contagens! — Rebateu Zilena. — Deve estar completamente aos pedaços ainda mais depois da Guerra das Sete Noites.

— Exatamente. — Disse Semepolhian comprando a ideia da egües. — Os nakoushiniders não devem saber sobre lá. Poderemos nos organizar e nos preparar com maior confiança.

— Mas para isso teríamos que levar todos para lá... Seriam muitos navios.

— Os imimoyas yenkwen conseguem do jeito deles. — Examinou Skueval. — Os nimases podem construir algo para si mesmos. Nós podemos fazer três embarcações grandes o suficiente para levar todos daqui e ainda ser navegável no rio.

— E por que acham que eles se juntariam a nós? — Questionou Zilena que ainda não havia se convencido da ideia.

— Agora nós somos os seres mágicos e eles os nakoushiniders. — Respondeu Redani. — Nos ajudar é se ajudar.

— Só resta a fortaleza, a árvore dos imimoyas e a cidade dos nimases... — Analisou Semepolhian considerando que todos já haviam aceitado. — Se duas equipes forem falar com eles enquanto os outros partem para o continente para preparar o lugar...

— Precisam ser equipes pequenas. — Completou o nimás. — Para caso encontrarem nakoushiniders, eles pensarem que são só alguns de nós perdidos e não que estamos nos organizando.

— Sim. — Concordou a das águas. — E cada uma deve ter um membro que conhece bem a realidade da fortaleza e que vai ser capaz de expor bem a situação... Seria bom também um guardião novo, para mostrar esperança e que nosso trabalho aqui foi importante e evoluiu... — Pensou mais um pouco. — E um egües? Para falar do ataque?

— Me parece um bom plano. — Declarou Redani.

— Quem você tem em mente? — Perguntou Emmethorion a encarando, provavelmente sabia que ela já estava pensando nisso também.

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