XLIX - A Cerimônia - Hiems

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— Isso fica perto de onde eu morava. — Analisou Sirius encarando o ponto piscante.

— Você não disse que meu tio apareceu e os transportou pelas sombras para a floresta? — Questionou Silena.

— Sim.

— Ele parecia estar fugindo?

— De certa forma...

A guardiã da cura se virou para Cor Bor:

— Considerando que disseram que eles usaram fogo resistente à magia e eu vi eles atravessarem uma barreira de proteção mágica... Qual a probabilidade de estarem mantendo seres mágicos presos em isolantes de magia?

— Oh céus... — Foi a resposta da governante pouco antes de mais treze imimoyas chegarem. — Ótimo, estão aqui. Vamos ser rápidos. — O mapa repentinamente desapareceu e os recém chegados fizeram um círculo excluindo aqueles que não eram de lá. — Cor Bor, Senhora dos Céus.

— Hamal Arietis. — Disse a que estava ao seu lado direito.

— Aldebaran Tauri. — Falou o imimoya à direita da anterior, com roupa de tom vermelho alaranjado.

— Castor Geminorum. — Seguindo a rotação, com roupa laranja.

— Pollux Geminorum. — Idêntico ao anterior.

— Acubens Cancri. — Vestido com cor amarela alaranjada.

— Regulus Leonis. — De roupa amarela.

— Spica Virginis. — Com vestimenta verde clara.

— Zubenelgenubi Librae. — De vestes verde.

— Antares Scorpii. — Vestido de verde água escuro.

— Rukbat Sagittarri. — Usando azul.

— Algiedi Prima Capricorni. — De violeta.

— Sadalmelik Aquarii. — Com roupa roxa.

— Alrescha Piscium. — Fechando o círculo com vestes rosas.

— Muito bem. — Voltou a falar Cor Bor. — A situação é a seguinte... — A governante fez novamente o resumo que Hiems não aguentava mais ouvir.

— Precisamos entrar nessa guerra. — Falou o imimoya de verde água escuro, Antares Scorpii, assim que a governante terminou a narração. — Se estiverem certos e eles estão ultrapassando a magia, não vai demorar para sermos pegos.

— Mas podemos todos retornar aos céus e voltar em melhor momento... — Aldebaran Tauri, de roupa vermelha alaranjada, apontou.

— Eu acho que essa decisão é particular, então cada um de nós deveria fazer a sua. — Disse a de verde, Zubenelgenubi Librae.

— Esperem. — Pediu Cor Bor. — Creio que seja melhor discutirmos isso sozinhos. — E encarou o grupo deslocado fora do círculo de imimoyas, que logo olhou ao redor procurando a saída. — Por ali, — apontou a governante, — é só continuarem sempre descendo. Ras Alhague Ophiuchi estará lhes esperando.

Hiems e os outros rumaram para o local indicado e começaram a descer em silêncio. O guardião do gelo estava por último na fila, atrás de Sirius, que repentinamente parou, os separando do resto do grupo que continuava a descer.

— Muito obrigado. — Disse ele.

— Imagina... — Respondeu o de cabelo curto sem jeito. — Você está bem? Digo... É meio que bastante coisa para processar...

— Você está brincando? — Rebateu o da floresta. — Finalmente sei onde ele está! Eu tenho vontade de pedir para Balírion sair comigo voando daqui direto para lá! — Hiems não precisou perguntar porque Sirius não faria isso: — Mas da última vez que saímos voando de um lugar, ele foi atingido por vários dardos então... Acho que não seria a melhor ação... Fora que nem sabemos onde fica e... De qualquer forma, — ele se interrompeu mudando de postura, — estamos indo para lá e pelo que sei é uma ilha no meio do nada... Não é como se ele fosse sair de lá antes que nós chegássemos... É?

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