Capítulo 13

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AUDREY HOLDEN

Tell me your secrets and ask me your questions... Oh, let's go back to the start cantarolei acompanhando a voz do Cris Martin, vocalista de uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos. Coldplay e sua melodia divina que sempre tira o melhor de mim. Mordi o lábio tentando focar minha mente em lembrar aonde havia deixado meu maiô invés da música que soava por todo o meu quarto.

Festa na piscina, como eu concordei com isso? Essa é uma das desvantagens de ser novata em uma irmandade, você não tem muita opinião em grande parte dessas coisas. Basicamente ficamos de resolver tudo para nada dar errado. Eu, Amanda e Chloe ficamos responsáveis pela ornamentação, não temos vinte e um ainda então sem chance de comprar bebidas alcoólicas, as veteranas ficaram com essa responsabilidade.

Respirei fundo colocando as mãos na cintura tentando fazer minha mente funcionar de alguma forma, apesar de morar praticamente dentro de uma praia, pois assim que meu pai morreu me mudei para San Francisco com minha mãe, nunca colecionei biquínis ou maiôs, teoricamente eu poderia ter ficado mais perto de casa cursando na Universidade de San Francisco, mas quando se é filha única você sente uma pressão muito maior sobre você. Então quis ir para algum lugar onde pudesse sentir minha liberdade em minhas mãos novamente. Lembro claramente da expressão que minha mãe fez quando falei da minha admissão aqui, ela estava feliz por mim, mas parecia triste por ela. Não tiro sua razão. Fomos nós duas apenas por um longo período, aprendemos e erramos muito para termos o tipo de relacionamento chegando ao saudável que temos hoje em dia. Além da confiança, confiar é um pilar importante em qualquer relacionamento bom, mesmo que haja uma hierarquia, que é o que acontece entre mães e filhas, de certa forma.

Vou desistir de achar esse maiô e ficar com esse biquíni mesmo, conclui encarando o tecido em minhas mãos, preciso achar apenas um short soltinho, não tenho autoestima suficiente para andar por aí entre as pessoas apenas com um "lingerie aceitável socialmente".

— Audi, meu doce anjo, você ainda não está pronta? Já tem pessoas chegando! — Amanda soava animada aparecendo na porta do meu quarto, observei atentando ela usando o meu maiô.

— Sua filha da puta! Deveria ao menos ter pedido antes, Amy! — Resmunguei me jogando na minha cama. — Eu queria usar ele.

— Meu bebê se preocupando com roupas! Nossas crianças crescem tão rápido! — Ela disse de forma tão animada que foi impossível não sorrir. — Não sou tão vadia, meu anjo — concretizou, logo depois senti um tecido ser jogado no meu rosto, verifiquei sendo um short. Meu sorriso se abriu mais ainda.

— Uma amiga foda dessas — falei fazendo-a dar de ombros.

Não esperei por nenhuma palavra mais saindo de sua boca, apenas segui até o banheiro com as peças para vestir. Minha autoestima sempre me limitando. Assim que estava devidamente vestida, com o cabelo solto como sempre uso ultimamente e sem grandes coisas no rosto, me olhei no espelho fora do banheiro. Sob o olhar atento de Amanda e meu fiquei me encarando naquele troço que as vezes me dá motivo para felicidade e outras vezes para tristeza.

Mordi a bochecha ao me ver tão exposta. O problema não era o biquíni, mas todas aquelas pessoas que não iriam demorar para fazer parte dessa festa.

— Ok, sem paranoias com o corpo, estamos entendidas? Você é gostosa para caralho, garota — ressaltou Amanda ficando ao meu lado.

Eu juro que estou começando a parar com essas comparações entre mim e essas garotas com corpos esculturais, que parecem mais pinturas ou esculturas feitas minuciosamente que nem parecem reais.

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