GREGORY HOOVER
Não odeio segunda-feira, mas hoje é um dia para se odiar.
O treinador comunicou treino para hoje, ele quer literalmente comer o nosso rabo, isso é óbvio depois de termos saído do NCAA – campeonato de futebol americano universitário – na semana passada, não foi nossa primeira grande derrota, mas ainda assim, uma derrota. Foi um dos piores desempenhos do time mesmo não sendo favorito, e foi minha terceira temporada no comando. Iria aproveitar a oportunidade e ter uma conversa séria com o treinador, não queria decepcioná-lo, realmente sou grato por toda a confiança que ele depositou em mim, mas certas coisas precisavam mudar no nosso jogo, incluindo eu sendo quarterback do time. Realmente gostava do esporte, mas não ao nível – mesmo amador – elevado que ele estava indo. Toda a responsabilidade que vem com isso, não é do tipo que realmente quero manter.
Já havia – ano passado – conversado com o treinador sobre mudar minha posição no time, acabamos não chegando a um consenso e ficando da forma que estava, eu sendo o líder. Mesmo com toda a honra que senti relacionada a ser escolhido pelo treinador para liderar o time como quarterback, ainda sentia que aquilo era demais pra mim de alguma forma. É um pensamento antigo que ganha e perde força com o tempo.
Realmente um dia tenso.
Além do fato de que Dolman está enchendo meu saco para pagar uma lavagem no carro dele, porra! Tudo porque segundo o próprio eu fiz da belezinha dele uma praia. Não tenho culpa se quando você se senta na areia ela entra na sua alma e sai espalhando por todos os lados.
Sinceramente... pior ele falando que corrompi a filha dele, logo o Dolman que pede meu carro para transar nele. Nitidamente sou o primo chato e o Ethan é o primo legal, não que eu concorde 100% com isso.
Parei pegando meu celular no bolso da minha mochila na intenção de colocar alguma música para ouvir, fiquei perto de uma das grandes arvores – que haviam espalhadas pelo campus – na intenção de encontrar meu fone de ouvido. Nitidamente não é educado você ficar por aí ouvindo suas músicas sem um fone de ouvido.
Antes que eu pudesse pegar meus fones, senti uma mão no meu ombro.
— Se não é o meu garoto — ouvi o timbre já conhecido do Ethan.
Apenas revirei os olhos colocando a mochila nas costas e começando a caminhar.
— Vai me ignorar? Que isso priminho...
— Veio falar pela vigésima vez sobre o seu carro?
— Não! Mas você bem que poderia me falar com quem foi fazer uma visitinha na praia...
— Desde quando eu saio falando sobre as garotas que já sai?
— Nunca..., mas poderia ser diferente agora, não sei — ele fez uma cara confusa ao terminar de falar que foi impossível segurar a risada.
— Não se mete nisso Ethan — falei em meio a um sorriso fazendo o mesmo dar de ombros.
— Se for a garota que estou pensando, só irei me meter se você fizer merda — falou dando uma piscadinha no final.
Apenas balancei a cabeça ainda risonho.
[...]
O treino – que inicialmente achei que nem iria acontecer – estava realmente comendo nosso rabo, o treinador não havia falado nada sobre a derrota e sobre nada relacionado. Scott apenas havia dito o que deveríamos treinar mais intensamente, se calando em seguida. Sinceramente? Prefiro lidar com ele bravo e gritando do que calado. O silêncio diz tanto quanto qualquer falatório.
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Smoked Flowers
RomanceHá alguns anos minha vida mudou com a morte dela. Daisy. Eu tentei fazê-la continuar vivendo e falhei, então me recusei a falhar uma segunda vez. Foi quando criei smokedflowers.com, era para Daisy continuar vivendo em textos, mas quem viveu foi eu...