Festa na piscina

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Sophia Blanco

É sábado, a semana passou rápido, Cris me chamou pra uma festa na piscina da casa dela, assim, eu e toda galera podemos conhecer sua nova casa e seu pai.

Estou me arrumando. Opto por uma saia rodada branca, uma regata rosa e uma sandália também rosa.

Pego minha bolsa, coloco dois biquínis, um azul claro e o outro rosa bebê e um vestido florido. Pego também o protetor, minha carteira e outras coisas que talvez eu precise.
Sempre fui um pouco cuidadosa demais com as minhas coisas, não gosto que as coisas saiam do controle, quero sempre previnir. E isso tem sido bom. Não gosto quando sou pega de surpresa. Na verdade, eu odeio isso.

Desço com minha bolsa e o celular nas mãos e minha mãe não está em casa. Tenho dezessete anos, mas não sei direito o que minha mãe tanto faz na rua, ela sempre está em jantares, viagens, clubes, mas nunca aqui em casa.
Sinto meu celular vibrar na minha mão e vejo na tela que é o Peter.

— Oi amor — falei.

— Oi princesa, hum, não vou poder te pegar pra gente ir na casa da Cris, meu pai telefonou e me mandou ir pra casa dele urgente não sei o que ele quer mas parece ser sério — diz e não sei por quê isso não me convence.

Ele deve ter planos de sair com aqueles amigos dele, mas enfim, não posso proíbi-lo de fazer o que ele quer, só acho ruim ele mentir.

— Tudo bem, eu vou com o meu motorista —falo calma.

— Ok, tchau. Eu te amo — diz e desliguei sem dizer mais nada.

Às vezes acho que não devia manter esse relacionamento baseado nas aparências, porque nesses momentos ninguém vê e é duro sentir a falta de afeto que existe entre nós dois.
Mas talvez eu tenha me acostumado a falta de afeto, tendo a mãe que tenho.

Vou até a cozinha buscando pelo motorista e encontro ele comendo.
Ele se levanta apressado assim que me vê.

— A senhorita precisa de algo? — pergunta.

— Sim, preciso que me leve pra casa da Cris, mas pode terminar o que está fazendo que o espero na sala — falo e saio sem esperar por sua resposta.

.
.

Já estou na casa da Cris, é uma mansão linda, antes a Cris morava num AP com sua mãe que não vai nada com a minha cara, não sei porquê, mas espero que o pai seja diferente.

Nunca fiz nada de mal para a Cris, e não sou o tipo de amizade que os pais veem como "má influência". A Cris é como uma irmã para mim, é estranho ver que a mãe dela não gosta de mim, mas não posso reclamar, minha mãe também nunca foi tão simpática com a Cris, mas enfim, acho que as duas são mal amadas mesmo, e acabam descontando em todo mundo.
O que importa é que nós duas nos amamos e se Deus quiser nada irá nos separar.

— Ai Sophia, vai logo usar seu biquíni que estou te esperando aqui — Cris fala entediada, todo mundo já está aqui mas ela está falando pra eu ir me trocar em qualquer quarto porque ela está ocupada demais com o namorado para me acompanhar.

— Tá bom — bufo e saio em direção a entrada que dá na cozinha da casa, ando em voltas até encontrar o corredor e depois um quarto, entro com receio, pois esse quarto não parece ser da Cris, mas o que poderia acontecer?

O quarto é grande e lindo, decorado com cores neutras, e está tudo muito bem arrumado, deve ser um dos quartos dos hóspedes.

Pego na minha bolsa e guardo sobre a cama, tiro minha roupa ficando apenas com minha lagenrie minúscula.

Estou de costas quando ouço a porta do quarto ser aberta e imagino ser a Cris, que se arrependeu de não me acompanhar, e não me preocupo.

O Pai da Minha Melhor AmigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora