O Pai da Minha Melhor Amiga

Sequestro

Lucas Arriaga

Tempos depois

Faltam quatro meses para o meu filho nascer. Estou muito feliz e ansioso.
Tudo na minha vida está correndo as mil maravilhas, eu e a Sophia estamos muito bem, a cada dia eu a amo mais e mais.
Está tudo bem com a Cris, só não estou muito feliz porque ela vai viajar, vai fazer faculdade em Portugal e mesmo sabendo que isso vai fazer bem a ela eu fico com medo de ficar longe da minha menina.

Já é ano novo, 10 de Janeiro, A Cris está completando 18 anos, está decorrendo uma festa aqui em casa, e no dia 20 de Fevereiro ela vai pra Portugal.
Ela prometeu que vai dar um jeito para vir ficar uns dias com a gente quando irmãozinho dela nascer, espero que ela consiga. Nós três somos uma família, e quero que estejamos completos para receber o quarto integrante.

Eu ficaria contente e feliz se fosse uma menina, mas confesso que fiquei ainda mais ao saber que é um menino. Eu já sou pai de uma menina então a minha preferência era exatamente que fosse um garotinho. Ainda não escolhemos o nome, mas se Sophia tiver alguma sugestão não tenho problema, acho que ela será mais boa nisso que eu.
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Estou procurando pela Sophia, não a vejo a algum tempo. Preferi deixar ela livre durante a festa, ela reencontrou alguns amigos, e não queria parecer chato, mas agora, Cris diz que também não sabe onde ela está.

— Ela estava comigo, disse que ia ao banheiro mas quando vi que ela não voltava fui procura-la no banheiro e ela não estava, e agora tem uma garrota falou que ouviu um grito feminino no banheiro — Cris está quase chorando

— Não pode ser. O que pode ter acontecido — fico preocupado.

Me sinto angustiado e culpado, eu devia proteger a minha mulher e o meu filho e mas agora eles podem estar correndo risco de vida. Ela não está na casa, já procuramos em todo o lugar, isso só pode significar que alguém a forçou a sair daqui. Mas quem!

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14 horas depois

Estou sem poder fazer nada, fui na delegacia e eles falaram que não podem dar ela por desaparecida antes que se passem 48 horas, mas eu usei algumas influências e eles estão investigando.
Procurei nas ruas por horas mas nada, agora estou aqui com a Cris grudados aos celulares para ver se não ligam pedindo resgate ou sei lá o quê.

Estou agoniado não sei o que a pessoa que os levou é capaz de fazer, mas eu não sei menos ainda o que eu faria se perdesse eles, a Sophia é meu grande amor, com seu jeitinho ela me conquistou, ela é única, inigualável e o que sinto por ela é inexplicável, é muito mais que algo carnal, é algo que vem de dentro, do coração, é como se ela tivesse devolvido o sentido para minha vida eu não posso perdê-la.

O meu garotão, mesmo ainda no ventre da mãe já é muito amado, ele simboliza uma nova etapa na minha vida e o amo muito, e só de pensar que eles podem machucar ele me dói o coração e não poder fazer nada me dói mais ainda, meu menino tem que nascer, vir ao mundo e receber todo carinho que eu, a Sophia é a Cris temos para dar a ele.

Eles estão desaparecidos a cinco horas, mas é como se tivessem tirado eles de mim a um ano.

Estou deitado na minha cama com a Cris do meu lado, nesse momento nós somos o suporte um do outro e temos que dar força um ao outro, eu tenho que me manter forte pela minha mulher e pelos meus filhos, eles precisam de mim.