Felizes

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Sophia Blanco

À hora marcada, recebo uma mensagem do Lucas informando que já está me esperando.
Graças a Deus as pessoas por aqui não se interessam pelas vidas umas das outras. Então, posso entrar no carro do Lucas sem medo de quem possa estar vendo.

Nos cumprimentamos e ele me puxa para um beijo lento e apaixonado.

— Senti saudades — diz, colocando o cinto de segurança depois de tirá-lo para me beijar.

— Eu também — digo e faço o mesmo.

A praia não fica muito distante, mas mesmo assim decido colocar música para que nós distraia durante a viajem. Enquanto conversamos sobre assuntos aleatórios. Por um momento me pergunto se devo contar que estive com Peter. Mas acabo decidindo que não é relevante, até porque criaria um clima estranho sem motivos. Eu deixei bem claro para ele que estou saindo com alguém.

— Chegamos — Lucas avisa.

Descemos do carro e nos descalçamos. Caminhamos pela areia macia até um canto mais afastado da praia, onde tem algumas pedras, sobre as quais nos sentamos.

— Olha o que eu achei aqui — Lucas diz e me mostra uma rosa vermelha que me faz abrir um sorriso automaticamente. Eu não vi ela no carro e em nenhum momento enquanto caminhávamos até aqui.

— Você é tão incrível — digo o abraçando.

— Eu sei, eu sei — brinca e rimos.

Falamos sobre como as estrelas estão brilhantes, como o céu está lindo. Até que ficamos nos encarando por um tempo, como dois bobos. Nos aproximamos dando início a um beijo calmo que vai ficando cada vez mais quente.
Lucas já está com a sua mão acariciado minha intimidade por baixo da minha saia, mas ainda por cima do tecido da calcinha.

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Depois que os dois nos satisfazemos, caímos exaustos no chão. Nunca me imaginei fazendo sexo na praia.
Acho que se eu viajasse no tempo e contasse à Sophia do passado o que está acontecendo comigo agora, com certeza ela não acreditaria.

— Realmente o sexo melhora o humor das pessoas — ouço Lucas dizer enquanto me olha.

— O quê? Como assim?

— Você está rindo sem motivo — não tinha percebido que meu pensamento acabou me fazendo rir.

— Bobo — digo dando um tapa no braço dele.

— Ai. Por quê tanta violência? — ele brinca fingindo estar sentindo dor.

Nos levantamos e mesmo com bastante areia no corpo, nos vestimos. E ficamos observando as estrelas abraçados.

— Nunca pensei que sentiria isso novamente — Lucas diz sem olhar para mim.

— O quê?

— Amor — responde depois de algum tempo em silêncio.

Fico por algum tempo pensando no que responder. Eu não tenho dívidas de que sinto algo forte por ele. Mas acho que ainda é cedo para dizer se é mesmo amor.
Gosto da companhia do Lucas. Adoro nossas brincadeiras e amo como ficamos bobos quando estamos juntos.
Mas sei também que o que temos de alguma forma não é certo. Estou enganando minha melhor amiga. Penso na Cris todos os dias e sinceramente atualmente meu maior medo é como ela vai reagir quando souber.
Dependendo da evolução do nosso relacionamento, acho que o melhor será que Lucas e eu contemos para ela. Mas ainda não é a altura certa.

Para não dar uma resposta errada, me viro e beijo Lucas. Quando nos afastamos, ele age normalmente. Amo como ele não pressiona a nada. Como ele respeita meus medos, minhas inseguranças.

— Olha, uma estrela cadente — digo entusiasmada olhando para o céu.

— Faz um pedido — Lucas partilha do mesmo entusiasmo.

Fecho os olhos e desejo ser feliz. Desejo ter um final feliz com o Lucas. E desejo que Cris nos entenda.

— Já fiz o meu e você?

— Eu também já fiz — responde e beija meu ombro.

O Pai da Minha Melhor AmigaWhere stories live. Discover now