Hospital (outra vez)

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Lucas Arriaga

Estou neste momento saindo de casa, vim para tomar um banho, dormir um pouco e me alimentar. A Cris ficou no hospital.
A Sophia e o bebê estão bem graças a Deus, mas o médico achou melhor eles ficarem no hospital para observação pelo menos até amanhã.
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Entro no hospital, vou até a sala de espera, mancando, porque acabei ferido na casa. Mas isso é o menos importante. Não consigo conter a felicidade por ter de volta a Sophia e o meu filho.

Nã vejo a Cris então decido ir até ao quarto onde a Sophia está, talvez ela já tenha acordado.

O que estou sentindo é inexplicável, finalmente, depois de mais de um mês sem ver minha mulher eu poder vê-la novamente, tocar seu corpo, abraçar e dar todo meu amor.

Estou em frente ao quarto, quando penso em abrir a porta, ela é aberta e de lá sai um homem alto, loiro e muito parecido com a Sophia.

Ele me olha por um tempo de depois fecha a porta nas suas costas impedindo-me de entrar.

— Você é o Lucas? — pergunta.

— Sim e Você? — pergunto mesmo imaginando a resposta.

— Mathias Blanco, o pai da adolescente com quem você, um homem adulto, está se envolvendo  — ele parece ter raiva, mas não cospe as palavras, fala muito calmo e me respeita, diferente da mãe da Sophia.

Eu tenho uma filha da idade da Sophia, eu imagino como deve estar sendo pra ele isso, mas não foi algo propositado, o amor é assim, é algo intenso e que quando menos se espera ele acontece.

— Me perdoe, nada disse estava nos meus planos, mas eu me apaixonei pela sua filha — explico.

— Eu estou tentando entender, mas nada me faz entender como um homem poder fazer isso? Ela é menor de idade, e se ela ficou grávida agora, vai saber com quantos anos vocês começaram a se envolver?

— Eu entendo, mas eu juro, nem eu é muito menos a Sophia queríamos que as coisas fossem assim — falo olhando nos olhos dele.

— Ela é menor, e eu sou o responsável por ela, e mais importante, sou o pai, quando ela tiver alta ela vai morrar comigo em Londres — diz convicto.

— Você não pode fazer ... — ele não me deixa terminar.

— Ela é minha filha, e eu posso sim. Passar bem — diz e sai.

Merda. Mais uma vez eu vou perder a Sophia.
Eu não vou aguentar isso. Não quero que ela fique longe de mim. Ela está carregando o meu filho, eu não posso perder esse momento, em menos de três meses nosso bebê vai nascer.

Sem perceber, sinto lágrimas em meus olhos. Me pergunto se devo entrar no quarto. Não sei se Sophia está acordada. Não quero que ela me veja assim, eu preciso estar forte por nós dois.

— O que foi? — vejo a Cris me olhando. Limpo as lágrimas em meus olhos.

— O pai da Sophia quer levar ela para Londres. Ele quer tirá-la de mim — digo e Cris me abraça.

— Ele não pode, em menos de três meses a Sophia será maior de idade, aí ele não poderá mandar mais nela.

O Pai da Minha Melhor AmigaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora