Incontrolável Desejo

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Os eventos do dia anterior ainda estão me afetando, foram muitas emoções em um só dia. Além de ver o Hércules com outra, Valter está escondendo algo que preciso descobrir o que é – por enquanto, vou focar em ajudar a Gisele.

Acordei determinada a ver de qual que é a desse tal de Carlos, se vai assumir o que fez ou vai pular do barco.

— Bom dia! — Ainda aqui? — Já passam de dez da manhã e Valter ainda está em casa.

— Já estava de saída, querida. — Ele me dá um beijo na testa, colocando seu jaleco em seguida. — Hoje tenho uma reunião entrem médicos então, não precisa me esperar para o jantar. Te amo. — Alias, vou no seu carro, o meu deu um problema.

— Tudo bem. Porque não chegam jornais aqui? — Me recordo do que Sarai disse e questiono.

— Porque não tem nada interessante, ou tem? — Eu conheço esse arqueado de sobrancelhas.

— Não para mim. — Com isso, Valter se retira e eu vou tomar café com Maria.

Esse cara está muito estranho, com certeza tem caroço nesse angu! Convido Maria para tomar café comigo e aproveito a ocasião para saber mais do meu " marido. "

— Maria, há quanto tempo trabalha com o Valter? — Pergunto enquanto coloco açúcar no meu chá.

— Desde que era criança. — Seus pais morreram quando ele tinha vinte anos e sobraram só nós dois – eu adoro esse menino, apesar das presepadas que ele faz. — Por sua expressão, Maria se recorda de algo.

— Entendi. E como ele costuma ser com as suas parceiras? — Quero dizer, o conheço muito pouco. — Minha atenção está voltada para os olhos de Maria.

— Ciumento e possessivo! — Foi assim com a Sarai, com a Melissa não muito, e sugiro que a senhora tome cuidado com o que faça. — Com licença! — Maria se retira sem ao menos eu ter a chance de falar algo.

Possessivo e ciumento, a combinação perfeita para uma explosão infernal. Geralmente pessoas assim, aprontam e tem medo que o companheiro faça o mesmo.

Bom, depois desse episódio – liguei para a Gisele e combinamos de nos encontrar em seu local de trabalho. Optei por um look bem básico: Short jeans, regata preta, tênis e um rabo de cabelo, nada de maquiagem, minha pele está mais linda do que nunca e não preciso disso. Peguei um táxi já que Valter confiscou meu carro, aquela historinha que o dele está com defeito não me desce nem um pouco, o que ele quer, é me impedir de sair.

Chegando ao local combinado, Gisele me aguardava do lado de fora.

— Eva, o que vai fazer? — Gisele está bem aflita.

— Bom dia para você também. — Te ajudar – não foi isso que me pediu? Então!

Sem esticar o assunto, subimos até a sala que o tal pintor estava trabalhando e realmente – além de fubá é feio.

— Você é o Carlos? — Pergunto ríspida, o imbecil tem a cara de pau de me secar com os olhos na frente da Gisele, claramente é um lixo.

— Sim! — E quem é você? — Ele solta um sorriso simpático, mas minha carranca continua a mesma.

— Depende do que você irá me responder – posso ser amigável ou ser o seu pior pesadelo. — O encaro nos olhos e o sorriso de antes foi para o espaço. — O fato é – você engravidou a minha irmã e precisa se responsabilizar disso. — O choque é inevitável e seu olhar furioso se volta para Gisele.

— Como você deixou isso acontecer?! — Ele caminha na direção dela, mas fiquei entre os dois.

— Ela? — E você?! — Presumo que já seja bem grandinho para saber que se transar sem camisinha, corre o risco de a mulher engravidar. — Eu estou puta de raiva.

A Perdição de EvaOnde histórias criam vida. Descubra agora