Tragédias Finais

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Adivinha quem voltou, queridas!

Valter é um maldito doente psicótico! Esse cara só pode estar possuído, Sarai e eu estávamos prontas para nos mandar, quando ele surgiu acompanhado de Michele e dois capangas que nos apontaram uma arma e nos obrigaram a entrar em um carro que aguardava na porta, eu sou muito ingênua, como não me dei conta que isso poderia ser mais uma das tramoias desses dois mal-amados.

— Até quando pretende fazer isso? — Pergunto irritada.

Valter se vira para o banco de trás e ele não tem semblante, é como encarar o próprio gelo, seu olhar é sombrio e capaz de espantar o diabo.

— Hoje será seu último pesadelo, o qual será eterno! — Dessa vez não escapará de mim! — Seu rosto é pura crueldade.

Valter se tornou uma pessoa cruel e vingativa, ou sempre foi e apenas me apresentou um personagem. Não paro de pensar que tudo isso está acontecendo porque fui gananciosa e interesseira, tudo que plantamos, um dia volta para nós com mais força ainda.

— O que pretende fazer com a gente, seu louco! — Sarai insulta Valter possessa de raiva, e com razão, deve estar me odiando também.

— Querida Sarai, lhe aconselho a cala a porra da boca, aliás, fale enquanto pode. — Valter gargalha feito um psicopata prestes a atacar suas vítimas.

Minutos depois, entramos em uma floresta afastada de Pluméria. Sarai e eu olhamos uma para a outra e imagino que sua expressão de horror seja a mesma que a minha.

— Saiam logo desse carro que eu não tenho o dia todo! — Agora! — Valter grita tirando uma arma da cintura.

Saímos do carro e fomos conduzidas até uma cabana abandonada em algum lugar na floresta. Valter nos empurrou para dentro e fechou a porta, enquanto seus capangas o aguardavam do lado de fora.

— Valter, por favor! ... — Não consegui terminar de falar, pois a mão dele queimou em meu rosto, quase me fazendo cair.

— Você tem o direito de calar a merda da boca! — Não me faça adiantar a sua morte. — Eu realmente gostei de você e teria sido um ótimo pai para o seu filho... — Valter foi interrompido por Sarai.

— Não me faça vomitar antes de morrer! — Ótimo pai que nem você foi para o nosso filho? — Sarai está furiosa, e que história é essa de filho?

— Ah, querida Sarai. — Pensei que já havia esquecido essa história, aquilo foi um acidente, então, cala essa boca! — Valter se enfureceu de tal maneira que nem quero imaginar o que está por vir. —- Estão vendo isso? É um detonador, em quinze horas mandará vocês para o espaço, aproveitem bem o tempo que lhes restam. — Valter se retira e Michele entra.

— Eu disse que sairia ganhando nesse jogo, prometo consolar bastante nosso adorado Hércules, quando ele estiver chorando em cima do que restará de você. — Michele sorri sínica e sai.

Maldita filha da puta! Isso não pode estar acontecendo, nem em mil anos, imaginei que pagaria tão caro por um erro.

Sarai estava sentada em um canto do cômodo com enorme tristeza, posso ser inconveniente, mas quero saber muito sobre o filho deles.

— Sarai, perdão a pergunta, mas o que houve com o filho de vocês? — Sarai limpa o rosto choroso com as costas da mão e me conta a macabra história.

— Eu não sabia que estava grávida, até Valter me dá uma de várias surras e eu começar a sangrar sem parar. Fui para o hospital e inventei que havia caído da escada, não sei se acreditaram, mas não me perguntaram mais nada. Depois de ser atendida, o médico me disse que estava grávida de dois meses e havia sofrido um aborto.

A Perdição de EvaWhere stories live. Discover now