Encontro Com A Morte

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Depois de sair do hospital, Valter está me tratando como a sua prisioneira, já faz um dia que não me comunico coma minha mãe ou a Sarai, segundo ele, só está evitando aborrecimentos para a minha saúde.

Claramente o que ele não quer, é que o Hércules tenha notícias minhas, eu soube que ele esteve no hospital e senti uma profunda alegria – apesar de tudo, ele se importa muito comigo.

Estava quase na hora do jantar e ele me trouxe uma sopa, não sinto fome, mas vou comer pela saúde do meu filho.

— É bom você comer tudo! — Não quero uma criança doente na minha casa! — Seus olhos não possui nenhuma empatia, começo a tomar nojo da cara deste homem.

— Que engraçado, até uns dias você o considerava seu filho, agora é uma criança? — O olho nos olhos com desprezo.

— Sem piadinhas! — Vou sair para resolver um assunto e volto logo.

Me dá tanto ódio continuar aqui, a vontade que eu tenho é sair correndo, infelizmente preciso de repouso por pelo menos mais três dias.

ENQUANTO ISSO NA CASA DE SARAI

-— Porque pegou uma arma, Sarai? — Essa mulher é um pouco doida, ela pegou um calibre trinta e oito e colocou em sua bolsa.

—- O Valter possui uma arma, não quer correr o risco de tomar um tiro na cara, não é? — Sarai sorri sarcástica.

— E onde arrumou isso? — Fiquei curioso.

— Meu pai foi caçador por vários anos, ele tem alguns brinquedinhos, esse é apenas um deles. — Será que podemos ir? — Me sinto uma agente do FBI em uma grande operação. — Os olhos dela brilham como se estivesse em um filme de ação.

Entramos no carro e seguimos para o apartamento de Valter, um misto de ansiedade e medo tomam conta dos meus pensamentos, Michele tem razão, eu não sei se a Eva vai querer vir comigo.

De qualquer forma, é tarde demais para desistir e nem quero fazer isso, vou lutar até o fim para ter o meu filho e a mulher que eu amo ao meu lado.

Depois de alguns minutos, estacionamos em frente ao prédio dele, meu coração está disparado como se temesse o pior.

— Vamos? — Sarai toca meu braço e eu dou um pulo do banco assustado. — É assim que você quer entrar em cena? — Ela gargalha.

— Só estou ansioso! — Vamos. — Acho que não a convenci.

Felizmente hoje é outro porteiro, pois o que fica no turno da manhã ganhou instruções para não nos deixar entrar.

Subimos e ao entrar no corredor do apartamento de Valter, Sarai saca a arma da bolsa e me entrega.

— O que é isso Sarai, quer que a gente vai em cana? — Realmente hoje não é meu dia, não sei que diabos está acontecendo.

— Que mané ir em cana, Hércules, você é um homem ou um saco de batata? — Eu hein! — Este era o insulto que eu precisava.

Coloquei a arma na cintura e nos aproximamos da porta com cuidado, vários gemidos estavam vindo da sala, nesse instante eu pensei o pior e meti o pé na porta com muita ira, mas que quebrada de cara que eu dei.

— Mas que porra é essa! —- Valter cai do sofá nu e debaixo dele estava a Melissa também despida, caramba, estou enojado.

—- Eu que pergunto, que porra é essa? — Sarai olha para mim e não contem o riso.

Valter se veste rapidamente e sua expressão é a mesma de um demônio, o cara está puto.

— Sarai, o que está fazendo aqui, sua ridícula! — Você sempre atrás do Valter – resolveu furar o olho da sua amiga? — Melissa insulta Sarai enquanto ainda se veste.

A Perdição de EvaKde žijí příběhy. Začni objevovat