Capítulo 20

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Meu Deus, é ele. A primeira coisa que procuro são seus olhos. Não há dúvida, ninguém tem olhos como aqueles. Emoldurados por aquele rosto perfeito, eles parecem ainda mais profundos e mágicos. Aquele olhar faz parecer que ele consegue ver minha alma, como se me conhecesse durante a vida inteira.

- Boa tarde - digo me aproximando e estendendo minha mão. - Obrigado por vir - digo sem conseguir parar de encarar seus olhos lindos, apertando sua mão grande e quente.

- É um prazer - ele diz apertando um pouco mais sua mão, também fixando em meus olhos, e dá uma piscadinha, sinto meu pau pulando dentro da cueca. Sua voz continua exatamente como me lembro.

Bem, ele tem aproximadamente 1.90, 1.95 de altura, mas isso eu já sabia. Seus cabelos são pretos e anelados, na verdade cacheados, e um pouco cheios, como que bagunçados de uma maneira organizada e proposital. Abaixo da orelha, um rosto de expressões fortes. Seu queixo quadrado dava um ar sério e um pouco malvado, mas as covinhas o deixavam com ar relativamente infantil, e os cachinhos do cabelo completavam o mistério, como se alguma coisa estivesse escondida. Seus olhos estavam negros, seus lábios canudos me encheram a boca de água.

Não era só bonito, era melhor, era surpreendentemente diferente e interessante. Rosto de macho, sabe? Algo de malvado e infantil, uma mistura disso. Daquele tipo de homem que parece que é amoroso, mas que na hora do sexo te joga na cama e te pega de maneira firme. Aquele tipo de homem que sabe dar amor quando precisamos, mas que também te fode de maneira gostosa quando você quer.

Estava vestido com uma calça jeans azul escura, justa, aquela mala deliciosa marcando. Suas coxas grossas enchiam a calça sem parecer vulgar ou feminino. Também usava uma camisa social branca, muito bem cortada, que parecia se moldar ao seu corpo, com as mangas ligeiramente dobradas, e uns dois botões abertos, mostrando seu peito lisinho e forte. Podia antever seus mamilos durinhos, fazendo sombra, e tive que me conter para não tocar. Seus ombros largos e seus braços fortes pareciam ter vida própria, e quando apertou minha mão, pude ver a manga enchendo, seus braços deviam ser bem fortes. Ótimos para me segurar forte, e talvez até me das uns tapas.

Minha vontade era arrancar aquilo tudo e poder vê-lo, tocá-lo. Todos aqueles músculos deviam ser ainda mais maravilhosos sem todas aquelas peças de roupa.

Completando seu visual, havia um cinto elegante preto, e um sapato social também preto, fino, elegante. Podia sentir um perfume sutil, amadeirado. Minha vontade era de arrancar aquele cinto ali mesmo, com os dentes, sem me preocupar de havia um segurança por perto.

- Senhor, preparei a sala de leitura, se quiser conversar lá - Tomás ainda tenta.

- Espero que minha segurança não tenha sido muito... - e fico procurando as palavras - inadequada? - completo.

Ele simplesmente sorri e me perco naqueles buraquinhos em suas bochechas.

- Eles estão certos, todo cuidado é pouco. Ainda mais depois do susto que passou. E eles foram muitos educados, não se preocupe.

- Que bom, se importa se conversamos em meus aposentos? Gostaria de trocar algumas ideias com você.

- Como o senhor achar melhor - ele diz me encarando.

- Bom, ou tira o senhor ou o chamo de Sr. Beija-Flor - digo rindo.

- Seu nome combina mais com você, realmente.

E vamos caminhando lado a lado, passamos para outra ala da casa, e vejo que ele olha tudo em volta.

- Gosta? - Pergunto vendo sua curiosidade.

- Linda casa. De um bom gosto impressionante. Já estive em mansões que me deixavam a sensação de estar entrando em museus, tantas eram as obras de artes entulhadas. Como se não tivessem onde enfiar tanto dinheiro, sabe? Mas aqui - ele para olhando em volta - meus cumprimentos ao decorador - posso ouvi-lo dizer sorrindo.

O Refém (livro gay)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora