|10| What Lovers Do | Pietro Maximoff/Mercúrio|

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*CASO TENHA ALGUM ERRO ORTOGRÁFICO, PEÇO DESCULPAS

☄️Pietro Maximoff☄️

Pela terceira vez eu respirava profundamente e pedia para Deus que todo o meu plano desse certo. Ela me abraçou mais uma vez e sorriu para mim, enquanto admiravamos os fogos de artifício colorindo o céu negro.

Seu Nome estava animada, era nosso primeiro ano novo juntos e como presente, eu queria lhe dar o meu amor. O problema seria ela não aceita-lo e então, eu me perderia na escuridão.

- Você está tão pensativo. - ela falou, virando-se para mim - O que foi?

Em meio a tantos pensamentos, deixei minha atenção cair sobre ela. Seu Nome estava parada na minha frente, ainda com as luzes coloridas atrás de si, refletindo no mar.
Nós estávamos numa barca, rodeado de amigos e familiares. Ela estava cada vez mais linda e isso me fazia sentir que eu era o cara mais sortudo do mundo por ter uma mulher dessa ao meu lado.
A brisa leve e quente da noite de ano novo esvoaçou os fios ruivos da minha namorada, deixando que eles sentissem um pouco de liberdade.

— Não vai me dizer o que está acontecendo? — perguntou novamente.

Puxei o ar mais três vezes até tomar coragem para tirar a caixinha preta de dentro do meu bolso e me ajoelhar em sua frente.
No mesmo instante, Seu Nome levou as mãos para cobrir a boca que estava aberto por causa da surpresa e seus olhos ficaram marejados.

— Eu poderia esperar nós completarmos cinco anos de namoro e enfim, te fazer a grande pergunta, porém eu não sei se eu consigo. Toda vez que eu olho para você, eu me sinto o cara mais foda do mundo por simplesmente você ter se apaixonado por mim. Eu sei que isso tbm não é grande coisa, mas eu não posso mais negar o quanto eu te amo querida. — olhei para suas mãos, que já estavam no lugar de antes — Posso não ser o cara mais perfeito do mundo e você a mulher mais perfeita, mas eu quero que saiba que é muito perfeita para mim e por isso não posso viver mais um momento ao seu lado, sem saber que será minha de fato. — abri a caixinha, revelando um lindo solitário — Mas o que realmente me importa é saber que você me ama do mesmo modo que eu amo você e por isso eu gostaria de saber — limpei a garganta — Você me daria a honra de se casar comigo?

Ela estava em prantos e todos os nossos familiares pararam o que estavam fazendo para nos olhar. Ela estou a mão esquerda em minha direção e abriu o maior sorriso do mundo.

— É claro que sim. — esperou que eu colocasse o anel em seu dedo para pular em meu colo. — Eu te amo tanto Pietro que chega até doer. — depositou um selinho nos meus lábios — Obrigada por fazer parte da minha vida, amor.

Eu abri um sorriso tão largo que poderia congelar esse momento pelo resto da minha vida. Finalmente, depois de todo o sofrimento eu seria feliz.

---------------- 5 Anos Depois ------------------

Procurei por uma árvore cuja sombra fosse grande o suficiente para estender uma toalha sobre a areia e preparar um piquenique. Assim que me sentei, olhei para o movimento das ondas, o que estranhamente me causava uma sensação de paz, porém muitos pensamentos vieram e invadiram minha mente, causando-me uma nostalgia muito boa, fazendo novamente eu ter aquela sensação do início.

Eu estava mais feliz do que nunca, é claro. Minha vida tinha seus autos e baixos, porém eu não podia desejar algo melhor para eu mesmo. Nunca tive sempre o que eu quis. Por causa da minha mutação, as pessoas sempre me excluíam e diziam que eu não irá ser ninguém, mesmo se eu fosse o Deus da Velocidade. Aquilo realmente me causava um desconforto imenso, só de pensar que não poderia ter uma vida normal. Eu me sentia um dos piores seres humanos/mutantes da face da Terra.

Tudo bem que você pode estar pensando que eu estou fazendo um drama, mas não é apenas isso que me incomoda claramente. O fato de que algo como isso ainda afeta muitos mutantes que estão nascendo e crescendo na nossa sociedade.

Dois bracinhos curtinhos tentaram envolver o meu tronco esguio, porém não conseguiram. Levei minhas duas mãos em direção oposta ao meu corpo e me virei sorrateiramente, agarrando seu quadril e o trazendo para frente.

Thomáz soltou uma gargalhada e se jogou para trás, tentando se desvencilhar de mim. Mas eu não iria deixar barato, aquele menininho iria ter o que merece.
Estava prestes a me levantar para correr atrás dele quando ouvi a voz de Seu Nome, me repreendendo pelo tal ato.

— Pietro, deixe ele em paz. — falou, vindo até o meu lado e sentando-se.

— Típica frase se mãe coruja. — revirei os olhos, sorrindo para ela — E se eu te dissesse que eu também sou um pai coruja?

Ela deu de ombros e sorriu, jogando sua cabeça de encontro ao meu ombro, ficando em silêncio por um tempo.

— Nós fizemos um bom trabalho, não fizemos? — disse, olhando para o nosso filho que brincava na beira da praia.

— Sim, fizemos. — depositei um beijo no topo de sua cabeça e segurei sua mão, sentindo a brisa fresca tocar meu rosto.

Thomáz nascerá com o mesmo dom que o meu. Ele é um garoto esperto, sempre sorridente e carinhoso. Sua mutação genética não o proibiu de ir a escola, de frequentar parques de diversão, até porque ela iria se manifestar com doze anos. Até lá, ele saberia exatamente o que aconteceria dali por diante, coisa que nunca me contaram. Infelizmente tive que aprender sozinho a como controlar minha velocidade e vou ter o maior prazer em ajudá-lo quando a dele surgir.

— Mamãe! — ele gritou — Castelo de aleia! — riu, comemorando.

Nós dois o acompanhamos e Seu nome se levantou, indo até onde ele estava. Ela sentou-se novamente e começou a construir o castelo de areia para Thomáz, que comemorava todas as vezes que algo dava certo.

Foi então que eu percebi que tudo o que eu passei, valeu a pena. Toda dor, sofrimento e angústia, estavam refletidos nesse pequeno momento. Vendo as duas coisas mais preciosas da minha vida, me fez enxergar que talvez, o que aconteceu comigo no passado, tinha um único propósito no futuro.

Eu estou feliz por quem eu me tornei. Estou feliz por ter conquistados muitas coisas que as pessoas julgavam ser impossível para um "alienígena". Estou feliz porque simplesmente eu sou feliz e nada mais importa.

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